terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mais do que nunca, Juninho

O Desejado aguarda o momento certo de seu retorno, quando então sua a nação novamente encontrará a paz.



A temporada começou deixando poucas dúvidas de que havia um complô dos jogadores para derrubar PC Gusmão - o que não falta é gente para criticar o nível técnico do elenco vascaíno mas como justificar a falta de vontade do time, que parecia caminhar em campo? - até que após a terceira derrota consecutiva para um clube pequeno a realidade se escancarou: não só o técnico vascaíno caiu como os dois craques e líderes do time, Felipe e Carlos Alberto, foram afastados da equipe, deixando claro para todos o problema que ocorria no grupo.

Nem uma semana passou, o sangue esfriou, o jogo contra o Flamengo mostrou que o time sem seus insurgentes pode até ter ficado mais aguerrido mas não tem um pingo de criatividade e deu pra sentir do mercado que dá até pra passar o nosso capitão e o nosso maestro pra frente, mas que não vai dar pra trazer ninguém à altura pro lugar. Tudo isso bastou pros dirigentes ensaiarem um volta atrás, com o demitido PC quebrando um galho e dizendo que não há problema no grupo e a diretoria afirmando que os jogadores não foram afastados por punição, mas para serem preservados. A pizza já pode ir pro forno.

Quem me acompanha sabe o quanto eu pus fé na dupla Felipe & Casalberto mas não tem como deixar passar tamanha indiciplina e esperar que saia algo bom disso. Num primeiro momento o time pode até ter uma sequência boa de jogos e parecer que tudo ficou bem de novo, Carlos Alberto irá falar mais uma vez que o Vasco é a sua família, Felipe que São Januário é sua casa, mas eles sabem que no momento em que alguém lá dentro pisar no calo deles, eles podem fazer birrinha até as coisas voltarem a ser do seu jeito. E não vai ficar só neles! A molecada nova tá toda tendo uma bela lição de como se tornar um delinquente - Ramon parecendo ser o melhor aluno da classe.

E aí, quem vai dar jeito nessa Funabem? A aposta da diretoria parecia ser em um técnico experiente e capaz de segurar toda essa pivetada pelo cabresto. Já tá claro que um nome assim não vem e se os rumores que correm hoje se confirmarem teremos que contar mesmo com Ricardo Gomes que não parece ter como pulso firme uma de suas maiores qualidades (aliás, quais as suas qualidades?) e não conta com o menor apoio da torcida. Ou seja, se não se agradar nossos mimados jogadores vai para rua em dois tempos.

Diante de tão negras nuvens só um nome parece ser capaz de trazer a luz de volta para a Colina Histórica. Ele, ele, ele, sempre ele, Juninho Pernambucano! Não vou entrar aqui nos méritos do que ele ainda pode render em campo com sua idade já avançada. Nem muito menos confabular qual esquema tático faria nosso reizinho render mais. Vamos além!

Juninho é o inconstestável, o soberano, o indiscutível. Chegaria com um prestígio maior que o mundo com a torcida cruzmaltina. E ele é líder. Saberia enquadrar quem não mostrasse comprometimento. Saberia, dentro de campo, pegar o time pela mão e levá-lo até a vitória. Dar a experiência e a tranquilidade que tanto nos faltou em 2010. E, por ser tão adorado pela torcida, para quem não gostasse do seu seu estilo só restaria a porta da rua, seria impossível bater de frente com ele. Assim Juninho pavimentaria em campo o trabalho que depois continuaria da tribuna, como diretor de futebol do Vasco e então, finalmente, como presidente do nosso Club de Regatas.

Os incrédulos dizem que ele não vem. Que se perdeu em terras árabes para nunca mais voltar. Mas eu sei que ele volta. E que com sua volta a prosperidade vascaína voltará. É o que dizem as lendas, basta que tenhamos fé.