terça-feira, 24 de maio de 2011

Por que poderiamos perder e por que possivelmente ganharemos

Nosso presidente está confiante nos 5 motivos abaixo apresentados para acreditarmos na classificação.



Sim, amigos, se passaram dois jogos do Vasco e vocês não viram sequer uma linha sobre eles aqui. Para evitar que isso aconteça novamente na partida que decidirá nossa classificação para a final da Copa do Brasil, me antecipo e já vou dizer antes mesmo do jogo começar o que pode nos levar a passar de fase ou terminar com o nosso sonho mais cedo. Assim vocês podem voltar aqui tão logo o embate acabe, pegar os pontos que se encaixam com o que ocorreu na partida e já terão minha resenha pronta! Vamos a eles então!

4 Motivos para temer que o Vasco seja eliminado nessa quarta:

1- O time do Avaí sabe cozinhar o jogo - No jogo do Rio deu pra perceber como o time catarinense sabe se fechar lá atrás, prender a bola e sair na boa. O jogo da volta começará com o Avaí classificado e podendo repetir a tática que deu certo na primeira partida. E por não se tratar de um time grande, poderá abusar desse expediente sabendo que por mais que embrome em campo a torcida jamais o cobrará pra partir pra cima.

2- O Vasco precisa marcar gols para se classificar e marcar gols tem se mostrado a principal deficiência do time. Mesmo nos seus melhores momentos nas partidas o Vasco marca bem atrás, controla bem a bola no meio campo mas quando chega perto da área não sabe o que fazer. Cria poucas oportunidades claras e quando elas aparecem, perde muitos gols feitos. Num jogo equilibrado isso costuma ser fatal.
3- O time do Vasco é inexperiente - Um recente levantamento mostrou que o Vasco tem o quinto elenco mais jovem da série A do Brasileirão e isso costuma cobrar seu preço nos jogos decisivos, quando é preciso segurar os nervos. É por isso que nesse momento, por mais que uma parte da torcida clame por Élton e Bernardo no time, é importante contar com jogadores mais rodados como Diego Souza e Alecsandro que podem dar a calma necessária para chegarmos ao nosso objetivo.

4- Julinho - O grande desafogo do Avaí no primeiro jogo atendeu pelo nome do lateral esquerdo da equipe catarinense, que criou as principais jogadas ofensivas do time, inclusive a que terminou com o gol dos visitantes, botando o setor defensivo direito do Vasco no bolso. Ricardo Gomes teve uma semana para imaginar uma maneira de neutralizar essa arma advesária e é bom tê-la encontrado, ou teremos sérios problemas.

5 Motivos para confiar que o Vasco chegará na final:

1- O Vasco tem jogado melhor fora do que em casa - A torcida tem sido impaciente com o plantel vascaíno, trata com desconfiança uma boa parte da equipe titular e tão logo o jogo se complica já começa a vaiar o time. Talvez seja essa a explicação para o nervosismo que tem feito o Vasco jogar de forma afobada e desorganizada em casa, talvez não. O fato é que as melhores apresentações cruzmaltinas ultimamente tem sido fora do Rio e temos tudo para acreditar que acontecerá de novo agora.

2- O Vasco vai a campo sem desfalques - Aos 30 minutos do segundo tempo da partida de ida, quando Anderson Martins sentiu a fisgada na coxa e acabou substituído eu comecei a ver a vaca ir pro brejo. Naquela altura do jogo já não dava para contar com a vitória vascaína em casa e eu já previa as dificuldades de encarar o jogo decisivo com uma defesa completamente desfigurada. Felizmente a semana foi alvissareira e não só o Anderson mas também o Rômulo, que tanta falta fez na cobertura do setor direito no primeiro jogo, se recuperaram de suas lesões e, somado a volta de suspensão de Eduardo Costa, nosso treinador já tem todos os jogadores a disposição para montar o time do jeito que melhor lhe convir.

3- O esquema tático do Vasco - Ao longo da semana Ricardo Gomes deu indicativos de que virá com um esquema tático mais interessante para o jogo da volta. Fágner deve reassumir a lateral-direita (Alan se mostrou muito bem jogando improvisado por ali mas não faz nenhum sentido ser o titular com Fágner de novo em condições de jogo) e Felipe Bastos - que foi muito mal na primeira partida - deve dar lugar para um volante mais combativo como Jumar ou Eduardo Costa. Acredito que assim nosso lateral tatuado terá mais liberdade para apoiar e procurar o gol.

4- O crescente de Diego Souza - Apontar o Diego Souza como um dos motivos para se confiar numa classificação pode parecer um ato de desespero mas a verdade é que se o nosso camisa 10 ainda não assumiu o papel de protagonista que se espera dele em campo ele pelo menos deixou de ser aquele jogador apagado e já começa a criar algumas jogadas interessantes. Quem sabe o próximo jogo não marcará a sua volta por cima com uma grande atuação que levará o Vasco a final?

5 - Gian e Rafael Coelho podem jogar a partida - Tanto o zagueiro quanto o atacante já passaram pelo Vasco, o primeiro desesperando os vascaínos lá atrás e o segundo inervando-os lá na frente. Amanhã eles podem estar do outro lado e um Rafael Coelho isolando todas as bolas lá no ataque e um Gian dando uma só vacilada na defesa pode ser tudo que a gente precisa para voltar de Florianópolis com uma vaga na final.

Moral da história, tudo o que eu disse aqui pode vir a explicar o sucesso ou o fracasso do Vasco nessa partida mas a verdade é que nosso time se encontra num estágio em que não está nem tão forte que possa se dar a vitória como certa, nem tão fraco para vermos a derrota como única possibilidade. Nesse nível acaba que os detalhes acabam tendo grande peso com um gol no começo, para um lado ou para o outro, sendo o responsável pela alegria ou a tristeza de toda nossa família. Outro fator que será preponderante é o comportamento do árbitro. Um juíz mais rigoroso nos será favorável já que jogadores como Felipe e Éder Luís, ou em mais intensidade, Ramon e Bernardo gostam muito de jogar procurando a falta. Um que deixe o jogo correr mais solto certamente nos atrapalhará. Resta então torcer, rezar e esperar que os deuses do futebol estejam conosco essa noite. SARAVASCO!





domingo, 15 de maio de 2011

VASCO 1 x 1 Atlético-PR

"Será que tem lugar pra mim na patota do Gomes?"


Técnicos de futebol costumam optar por duas escolas distintas quando se trata de administrar seu elenco de jogadores. Existe o treinador que escala seu time por posições, com cada comandado brigando por um lugar específico em campo, sem espaços para improvisação. São treinadores como o Dunga da Copa do Mundo de 2010 ou o Celso Roth do Vasco de 2006, que se recusava a escalar Andrade no time por ele ser o reserva de Perdigão, por mais que o outro volante em campo fosse Roberto Lopes (peço perdão aos irmãos vascaínos por trazer de volta à lembrança esse terrível jogador). A outra escola de pensamento prefere eleger os melhores jogadores reservas e, quando algum titular não puder jogar, tentar encaixá-los no time do jeito que for. Pelo tempo de Ricardo Gomes que temos já podemos afirmar sem medo que ele abraça essa segunda filosofia.

Para o jogo decisivo dessa quarta-de-final da Copa do Brasil, com a suspensão de Alecsandro, nosso treinador acabou optando pelo décimo segundo jogador do time, Bernardo, em detrimento do reserva natural da posição, Élton. Não dava para criticar muito a escolha. Bernardo é mesmo o jogador mais habilidoso entre os nossos suplentes e se considerarmos que o Atlético Paranaense viria para São Januário precisando buscar o resultado, contar com um jogador mais veloz para puxar os contra-ataques poderia ser uma boa opção. Mesmo quem defendia a entrada de Élton não se zangou muito com a escolha. Porém, com pouco tempo de jogo, já dava para perceber que essa formação apresentava vários problemas. Pra começo de conversa, escalando Bernardo, Ricardo Gomes empurra Diego Souza para frente, para ocupar a posição de centro-avante. É mais uma mexida que tem fundamento na teoria, já que Diego é um jogador de força e com boa finalização, mas que não se confirma na prática, como já pudemos comprovar à exaustão. Nosso camisa 10 não rende por ali, fica perdido, some do jogo e nós ficamos com menos um jogador. Não bastasse isso, o Furacão, apesar de precisar da vitória para se classificar, entrou em campo chamando o Vasco para o jogo e deixando para sair só na boa, numa formação mais fácil de ser penetrada com um centro-avante de ofício. O árbitro também não ajudou apitando "à européia", deixando o jogo correr e só marcando faltas em caso ippons inquestionáveis, o que atrapalha o jogo dos nossos atletas chama-falta Bernardo e Éder Luís, que nunca se esforçam muito para ficar de pé (Por que será que boleiro não percebe o estilo do árbitro e se adapta ele? Se o apitador tá deixando o jogo solto, chega mais junto quando estiver defendendo, tenta ficar de pé quando está atacando, ao invés de ficar no chão com os braços abertos!). Some-se a isso o dia ruim do Felipe e o que tivemos foi um Vasco que até tinha mais a posse de bola, mas sem transformar isso em muitas chances reais de gol (problema crônico do time há algum tempo) e um Atlético que pouco chegava ao ataque, mas sempre apresentava perigo.

Ainda bem que Ricardo Gomes percebeu tudo isso e, sabendo que tentar segurar o empate era arriscado demais, soltou o time no segundo tempo. Finalmente colocou Élton no lugar de Diego Souza e logo em seguida substituiu Allan por Fágner, dando mais ofensividade à lateral direita, mas o resultado das mexidas não foi imediato. Élton, até por saber que não faz parte da lista de queridinhos do treinador e que por isso precisa agarrar com unhas e dentes cada oportunidade, entrou muito nervoso em campo. Meteu uma mão ridicula na bola, fez faltas nos adversários tentando alcançar bolas pra lá de perdidas, um verdadeiro desastre.O gol do Vasco se recusava a acontecer e quando aos 29 minutos o CAP encontrou seu tento, temi pelo pior. A partir daí veio à tona outro grande problema desse time, a falta de experiência, e o time se desesperou. Antes mesmo da nova saída Fernando Prass já brigava com o adversário para pegar a bola no fundo das redes e com o jogo de novo valendo vimos o time irritadiço e nervoso, o que nunca ajuda quando se tem 15 minutos para fazer um gol. Sorte que logo a estrela de Ricardo Gomes brilhou e, graças aos dois jogadores que ele pôs em campo, o Vasco chegou ao empate. Um cruzamento de Fágner na cabeça de Élton pôs o Vasco novamente se classificando para as semi-finais e a partir daí a preocupação foi só esperar a partida se encerrar.

Jogo tenso, bem mais nervoso do que precisava ser, mas que no fim nos levou a fase semi-final da competição. A questão passa a ser como se portar daqui para frente. Não há muito o que inventar, é seguir com o time que temos e torcer para que nos próximos jogos o entrosamento e a experiência dêem mais qualidade ao time. Eu desistiria de vez de testar Diego Souza como centro-avante e deixaria ele no meio mesmo, arrancando de trás, que foi como ele jogou na sua melhor partida pelo Vasco, no jogo lá em Curitiba. No meio eu escalaria Eduardo Costa (pro próximo jogo não dá, está suspenso, mas depois deste) e Rômulo para fechar mais a defesa, com Fágner voltando para a direita, com liberdade para apoiar. Meu medo maior fica sendo a nossa torcida que, depois da eliminação de outros times tradicionais pelo caminho e com a confirmação de que Coritiba, Ceará e Avaí são nossos adversários na luta pelo caneco, começou com discursos de que o título agora é obrigação, de que a Copa já está ganha. A euforia é natural mas temo que o excesso de confiança se transforme em falta de apoio ou até vaias, semana que vem, se o jogo contra o Avaí se apresentar mais complicado do que muitos esperam. Foco, galera! Estamos próximos de um título depois de muito tempo, é agora que não dá pra vacilar... HASTA LA VITÓRIA!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vasco 0 x0 Flamengo



Pronto, peguei bode desses dois agora...



Foi um jogo feio, de poucas oportunidades, e não dá nem para dizer que foi porque os times se respeitaram. Simplesmente o setor defensivo das duas equipes foi superior ao seus ataques e nas poucas vezes em que isso não se confirmou a má pontaria dos jogadores se encarregou de manter os zeros no placar. Na disputa de penalidades pesou a pouca experiência dos jogadores e da própria equipe vascaína, que há muito deixou de frequentar as finais dos campeonatos que disputa. Para mim é sintomático que o único jogador cruzmaltino a marcar nas cobranças tenha sido Alecsandro, justamente o mais experiente e acostumado a finais entre os cobradores.

No mais, devo admitir que fui otimista demais em minha última postagem, quando enxerguei em Ricardo Gomes um treinador de visão previlegiada, que aproveitava a época de confrontos mais fracos para preparar seu elenco para os tempos mais difíceis. O Francês continuou a escalar o mesmo time de sempre, a fazer as substituições nos mesmos momentos, mostrando que tudo que vimos até agora é simplesmente o seu modus operantis mesmo. Eu teria começado o jogo com Fágner na direita ou, no mínimo, teria colocado-o no intervalo, ao perceber que o caminho do gol se encontrava em cima do lateral-esquerdo deles, o terrível Rodrigo Alvim, mas não vou colocar essa na conta do Ricardo por não saber como o nosso lateral tatuado, que está voltando de contusão, se encontra atualmente. Já a minha segunda substituição pro segundo tempo eu não perdôo o nosso treinador por não ter feito. Diego Souza não jogou nada no primeiro tempo, não jogou nada desde que chegou ao Vasco e não vem jogando nada há muito tempo! Não há explicação para deixá-lo em campo até depois da parada técnica, principalmente quando há uma opção tão boa no banco quanto Bernardo, para substituí-lo. Vocês são prova que quando Diego Souza chegou eu defendi a ida do mineirinho para o banco, até para dar uma baixada na bola do garoto que é tão talentoso quanto é marrento, mas diante do que vem jogando o orelha de abano na temporada, não dá pra botar o moleque em campo só quanto todo o resto do time já cansou! Por que não inverter os papéis e deixar Diego no banco pra ver se quando ele entra não entra mordido, querendo recuperar a vaga? Infelizmente, pelas declarações que li do nosso comandante hoje, isso não está nem perto de acontecer.

E não dá nem tempo de respirar, recuperar a perda do turno, porque hoje mesmo a delegação já partiu para Curitiba, para enfrentar o primeiro jogo das quartas-de-final contra o o Atlético Paranaense. Nossa defesa vem se portando bem e se sairmos da Arena da Baixada com um novo oxo não dá pra reclamar do resultado. Ainda bem, porque com Diego no time, jogando o que anda jogando, contar com gols lá na frente vai ser sempre uma tarefa mais difícil...