quarta-feira, 8 de junho de 2011

Coritiba 3x2 Vasco

Foi um jogo em que o Vasco jogou muito mal. Mas não vou reclamar porque

O VASCO É CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL 2011!


PARABÉNS, TORCIDA VASCAÍNA!



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vasco 1 x 0 Coritiba

"Eu já sabia!"




Quando no fim do primeiro tempo eu fui ler as impressões dos irmãos vascaínos sobre o jogo no twitter, não posso dizer que me surpreendi. A confiança da nossa torcida estava muito grande e diante de toda uma etapa com poucas chances de gol, a frustração era natural. Mas contrariando o sentimento da maioria, eu estava confiante. Estava confiante porque vi o Vasco jogando o jogo que o Vasco quis jogar. Nosso time mostrou nessa Copa do Brasil que não joga um torneio mata-mata como se convencionou que uma equipe deve jogar, partindo para cima e tentando fazer o placar mais dilatado em casa e se segurando atrás a procura do empate ou de uma derrota pequena jogando fora, mas sim sabendo que a vitória pode vir tanto no seu campo quanto no campo do adversário. Por isso atuou no primeiro tempo mais preocupada em não tomar gols em casa (porque, como se diz popularmente, "vale dois"), do quem em fazer.

Eu vi o primeiro tempo assim, com um Vasco que partia para cima apenas com o trio Diego Souza, Bernardo e Alecsandro acompanhados no máximo de mais um quarto jogador que levava a bola. Podia ser Allan, Márcio Careca, Felipe ou até mesmo o Eduardo Costa, mas quando um desses subia os outros guardavam a retaguarda. Como o Coritiba também não fazia muita questão de se arriscar o que vimos no primeiro tempo foram poucas camisas negras tentando rasgar um mar de camisas brancas, sempre sem sucesso. Por outro lado o Vasco também sofria pouco na defesa e você pode até condenar essa estratégia mas se um time está levando o jogo do jeito que planejou, então a coisa não pode estar tão mal assim.

Logo no começo do segundo tempo, como esperado, o Vasco mudou sua postura e soltou um pouco mais o time, o que logo resultou no gol de Alecsandro. Uma vez atrás no placar, a resposta do Coritiba foi óbvia, indo para cima para tentar um empate com gols fora, que seria um resultado satisfatório para o Coxa Branca. Pensei que isso seria bom para o Vasco, que teria mais espaço para os contra-ataques, mas o que vimos foi um time recuado, tentando segurar o empate a todo custo e sem conseguir manter a posse de bola, fato que se agravou quando Ricardo Gomes tirou o único articulador da equipe, Felipe, para fechar ainda mais o time com a entrada do volante Fellipe Bastos.

Tenho gostado da postura do Vasco nessa Copa do Brasil, estou satisfeito com o trabalho de Ricardo Gomes a frente do elenco e é consenso que um de seus principais méritos é ter sabido dar motivação ao grupo vascaíno, o que muitos atribuem a sua política clara de escalação do time, sempre colocando em campo os jogadores que se destacam. Nunca vivi no meio do futebol e pouco posso opinar sobre a maneira certa ou errada de se motivar um elenco, então darei esse crédito ao Ricardo Gomes, mas ainda assim existem coisas que têm sido complicadas de aceitar. Fágner é o titular da nossa lateral direita, é incontestavelmente o melhor jogador do elenco para a posição e até o próprio Ricardo já disse que a tendência natural é que ele recupere a posição. O Allan também é um garoto de muito futuro, foi jogado as feras indo atuar numa posição que não é sua de origem e que surpreendeu dando conta do recado, sendo inclusive o responsável pelo cruzamento que originou o gol único na partida de hoje mas todo mundo sabe que não é tão veloz, não vai tanto ao fundo e nem cruza tão bem quanto Fágner, então, justamente num jogo em que não teríamos Éder Luís para criar as jogadas de velocidade pelos lados do campo, não deveríamos devolver a nossa lateral a quem lhe é de direito?! Também não vou condenar a estratégia do nosso treinador de estar mais preocupado em não sofrer gols do que em fazê-los, quanto mais quando o placar já nos favorece com um gol - sem falar nas razões físicas que sempre podem justificar as substituições num jogo - mas será que em uma situação em que o time já não consegue manter a posse de bola, tirar justamente o Felipe é a melhor opção? Principalmente se isso implica em deixar Bernardo em campo?

E me permitam criar um parágrafo só para falar de Bernardo, a maior enganação do futebol brasileiro nos dias de hoje. E quando digo que se trata de uma enganação não pensem que quero dizer que se trata de um mal jogador, longe disso! Ele é habilidoso, muito bom nas finalizações e nas bolas paradas, mas rende muito pouco em campo! Os comentaristas esportivos Brasil a fora, que se limitam a ver os melhores momentos dos jogos do Vasco, se perguntam - alguns mais exagerados chegam a exigir - como pode o jovem mineiro não ser titular vascaíno. Quem acompanha os jogos sabe bem a razão, é um jogador fominha, que desperdiça a maioria das jogadas que tenta e que é a maior vítima dessa enganação, se achando muito, mas muito mais craque do que ele realmente é. Como se não bastasse isso, ele tem o estilo de jogo muito semelhante ao de Diego Souza (habilidoso, bom finalizador e exageradamente individualista) e ter os dois em campo mina completamente o jogo coletivo do Vasco.

Tudo bem, quer premiar quem mal ou bem cumpriu seu papel até agora no time? Então poderia até ter entrado com Allan e Bernardo de titulares mas por tudo que já falei eu acabaria substituindo ao longo do jogo o primeiro pelo Fágner e o segundo pelo Jéfferson ou pelo Élton. No mais, acho importante ressaltar a qualidade da defesa do Vasco. Fernando Prass está de volta ao seu melhor nível, Dedé e Anderson Martins formam a melhor dupla de beques em atividade no Brasil e Eduardo Costa e Rômulo vão muito bem na proteção da zaga, o que me deixa confiante com o nosso setor defensivo como há muito tempo não ficava. O único medo que me deu, ao ver o segundo tempo do jogo, foi de que, uma vez que estamos na frente do placar, apostemos todas as fichas na nossa defesa para nos trazer o título. Seria temeroso, mas quero crer que não seguiremos por esse caminho no jogo da volta.

Ricardo Gomes já mostrou, apesar das ressalvas que faço, ser um técnico inteligente, que com certeza pensará numa boa estratégia para essa partida derradeira e nosso time já fez bons jogos fora, mesmo quando não tinha a tranquilidade de um bom resultado em casa com temos agora. Some a isso o fato de não termos perdido na Copa do Brasil e já teremos motivos suficientes para ter a confiança de que, nesse último jogo, basta continuar a fazer tudo que fizemos até agora para chegarmos ao nosso objetivo.

Seremos campeões!

Vasco!