domingo, 4 de setembro de 2011

América-MG 4 x 1 Vasco


"O que é que vou dizer lá em casa, Cristóvão?"

Algumas notas sobre o jogo:

É curioso ver como o mesmo torcedor que pediu, se mobilizou e até campanha fez para Dedé ser convocado agora reclama de Mano Menezes por levá-lo à Londres. Será que não previam que com o zagueiro-mito vestindo a amarelinha iríamos ficar desfalcados várias vezes durante a temporada? O fato é que se somarmos a isso a saída inesperada de Anderson Martins a nossa zaga dos sonhos se transformou numa zaga medíocre. Não vou nem pegar muito no pé de Renato Silva e Victor Ramos (por mais que mereçam) porque o time do Vasco se acostumou com uma dupla de zagueiros fortíssima lá atrás, segurando as possíveis falhas do sistema defensivo e se esqueceu que com zagueiros medianos por ali, qualquer erro pode ser fatal.

Foi bonito também ver o apoio que a torcida vinha dando a Cristóvão Borges, simbolo da continuidade do trabalho de Ricardo Gomes. Será que vai continuar dando esse apoio agora? A verdade é que dificilmente o auxiliar, recém promovido a técnico, terá bagagem para segurar a pressão de dirigir um time gigante, sem contar com a natural desconfiança da torcida, que vai criticar sem dó o menor erro dele. Não dá para por essa derrota totalmente na conta do novo treinador mas é fato que pelo menos na hora das substituições ele errou feio. Tirou Diego Souza que era quem mais criava no apático time do Vasco e Juninho que, mesmo sem apresentar um grande futebol sempre poderia decidir numa bola parada ou num cruzamento para colocar um cabeça de área num time que precisava reverter o placar. Depois dessas mudanças o time terminou de se perder em campo e não criou mais nada.

Mantenho minha posição quanto ao comando técnico do Vasco. Não há necessidade de desespero, de colocar qualquer um no comando do time só pra tapar buraco (ventilar que Renato Gaúcho ou Joel Santana interessam ao Vasco é sacanagem) e o mínimo que podemos fazer em respeito a Ricardo Gomes é esperar que seu estado clínico se resolva antes de fazermos qualquer coisa, mas é consenso comum que dificilmente nosso treinador campeão do Brasil voltará a trabalhar nos gramados e precisamos nos precaver para o pior. Não dá pra esperar que o time vá se sair bem num campeonato difícil como a Libertadores com um técnico que acaba de estrear na função, nem muito menos com um grupo apenas movido pela motivação de ganhar em nome do comandante convalecido. Não há pressa, mas já é preciso pensar nessa transição forçada de comando, até para que seja feita com sabedoria.

O Vasco perdeu nessa rodada pontos irrecuperáveis e se viu com os problemas que já citei e com os quais provavelmente conviverá por grande parte do campeonato, mas também não é que já esteja tudo perdido. O Vasco jogou hoje com um apatia pouco comum e que espero não ver já no próximo jogo, além de muito desfalcado. Fora isso, os outros times na briga também tem mostrado oscilações. Ainda estamos na briga, ainda dá pra levar essa taça, só ficou um pouco mais complicado.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Coritiba 3x2 Vasco

Foi um jogo em que o Vasco jogou muito mal. Mas não vou reclamar porque

O VASCO É CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL 2011!


PARABÉNS, TORCIDA VASCAÍNA!



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vasco 1 x 0 Coritiba

"Eu já sabia!"




Quando no fim do primeiro tempo eu fui ler as impressões dos irmãos vascaínos sobre o jogo no twitter, não posso dizer que me surpreendi. A confiança da nossa torcida estava muito grande e diante de toda uma etapa com poucas chances de gol, a frustração era natural. Mas contrariando o sentimento da maioria, eu estava confiante. Estava confiante porque vi o Vasco jogando o jogo que o Vasco quis jogar. Nosso time mostrou nessa Copa do Brasil que não joga um torneio mata-mata como se convencionou que uma equipe deve jogar, partindo para cima e tentando fazer o placar mais dilatado em casa e se segurando atrás a procura do empate ou de uma derrota pequena jogando fora, mas sim sabendo que a vitória pode vir tanto no seu campo quanto no campo do adversário. Por isso atuou no primeiro tempo mais preocupada em não tomar gols em casa (porque, como se diz popularmente, "vale dois"), do quem em fazer.

Eu vi o primeiro tempo assim, com um Vasco que partia para cima apenas com o trio Diego Souza, Bernardo e Alecsandro acompanhados no máximo de mais um quarto jogador que levava a bola. Podia ser Allan, Márcio Careca, Felipe ou até mesmo o Eduardo Costa, mas quando um desses subia os outros guardavam a retaguarda. Como o Coritiba também não fazia muita questão de se arriscar o que vimos no primeiro tempo foram poucas camisas negras tentando rasgar um mar de camisas brancas, sempre sem sucesso. Por outro lado o Vasco também sofria pouco na defesa e você pode até condenar essa estratégia mas se um time está levando o jogo do jeito que planejou, então a coisa não pode estar tão mal assim.

Logo no começo do segundo tempo, como esperado, o Vasco mudou sua postura e soltou um pouco mais o time, o que logo resultou no gol de Alecsandro. Uma vez atrás no placar, a resposta do Coritiba foi óbvia, indo para cima para tentar um empate com gols fora, que seria um resultado satisfatório para o Coxa Branca. Pensei que isso seria bom para o Vasco, que teria mais espaço para os contra-ataques, mas o que vimos foi um time recuado, tentando segurar o empate a todo custo e sem conseguir manter a posse de bola, fato que se agravou quando Ricardo Gomes tirou o único articulador da equipe, Felipe, para fechar ainda mais o time com a entrada do volante Fellipe Bastos.

Tenho gostado da postura do Vasco nessa Copa do Brasil, estou satisfeito com o trabalho de Ricardo Gomes a frente do elenco e é consenso que um de seus principais méritos é ter sabido dar motivação ao grupo vascaíno, o que muitos atribuem a sua política clara de escalação do time, sempre colocando em campo os jogadores que se destacam. Nunca vivi no meio do futebol e pouco posso opinar sobre a maneira certa ou errada de se motivar um elenco, então darei esse crédito ao Ricardo Gomes, mas ainda assim existem coisas que têm sido complicadas de aceitar. Fágner é o titular da nossa lateral direita, é incontestavelmente o melhor jogador do elenco para a posição e até o próprio Ricardo já disse que a tendência natural é que ele recupere a posição. O Allan também é um garoto de muito futuro, foi jogado as feras indo atuar numa posição que não é sua de origem e que surpreendeu dando conta do recado, sendo inclusive o responsável pelo cruzamento que originou o gol único na partida de hoje mas todo mundo sabe que não é tão veloz, não vai tanto ao fundo e nem cruza tão bem quanto Fágner, então, justamente num jogo em que não teríamos Éder Luís para criar as jogadas de velocidade pelos lados do campo, não deveríamos devolver a nossa lateral a quem lhe é de direito?! Também não vou condenar a estratégia do nosso treinador de estar mais preocupado em não sofrer gols do que em fazê-los, quanto mais quando o placar já nos favorece com um gol - sem falar nas razões físicas que sempre podem justificar as substituições num jogo - mas será que em uma situação em que o time já não consegue manter a posse de bola, tirar justamente o Felipe é a melhor opção? Principalmente se isso implica em deixar Bernardo em campo?

E me permitam criar um parágrafo só para falar de Bernardo, a maior enganação do futebol brasileiro nos dias de hoje. E quando digo que se trata de uma enganação não pensem que quero dizer que se trata de um mal jogador, longe disso! Ele é habilidoso, muito bom nas finalizações e nas bolas paradas, mas rende muito pouco em campo! Os comentaristas esportivos Brasil a fora, que se limitam a ver os melhores momentos dos jogos do Vasco, se perguntam - alguns mais exagerados chegam a exigir - como pode o jovem mineiro não ser titular vascaíno. Quem acompanha os jogos sabe bem a razão, é um jogador fominha, que desperdiça a maioria das jogadas que tenta e que é a maior vítima dessa enganação, se achando muito, mas muito mais craque do que ele realmente é. Como se não bastasse isso, ele tem o estilo de jogo muito semelhante ao de Diego Souza (habilidoso, bom finalizador e exageradamente individualista) e ter os dois em campo mina completamente o jogo coletivo do Vasco.

Tudo bem, quer premiar quem mal ou bem cumpriu seu papel até agora no time? Então poderia até ter entrado com Allan e Bernardo de titulares mas por tudo que já falei eu acabaria substituindo ao longo do jogo o primeiro pelo Fágner e o segundo pelo Jéfferson ou pelo Élton. No mais, acho importante ressaltar a qualidade da defesa do Vasco. Fernando Prass está de volta ao seu melhor nível, Dedé e Anderson Martins formam a melhor dupla de beques em atividade no Brasil e Eduardo Costa e Rômulo vão muito bem na proteção da zaga, o que me deixa confiante com o nosso setor defensivo como há muito tempo não ficava. O único medo que me deu, ao ver o segundo tempo do jogo, foi de que, uma vez que estamos na frente do placar, apostemos todas as fichas na nossa defesa para nos trazer o título. Seria temeroso, mas quero crer que não seguiremos por esse caminho no jogo da volta.

Ricardo Gomes já mostrou, apesar das ressalvas que faço, ser um técnico inteligente, que com certeza pensará numa boa estratégia para essa partida derradeira e nosso time já fez bons jogos fora, mesmo quando não tinha a tranquilidade de um bom resultado em casa com temos agora. Some a isso o fato de não termos perdido na Copa do Brasil e já teremos motivos suficientes para ter a confiança de que, nesse último jogo, basta continuar a fazer tudo que fizemos até agora para chegarmos ao nosso objetivo.

Seremos campeões!

Vasco!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Por que poderiamos perder e por que possivelmente ganharemos

Nosso presidente está confiante nos 5 motivos abaixo apresentados para acreditarmos na classificação.



Sim, amigos, se passaram dois jogos do Vasco e vocês não viram sequer uma linha sobre eles aqui. Para evitar que isso aconteça novamente na partida que decidirá nossa classificação para a final da Copa do Brasil, me antecipo e já vou dizer antes mesmo do jogo começar o que pode nos levar a passar de fase ou terminar com o nosso sonho mais cedo. Assim vocês podem voltar aqui tão logo o embate acabe, pegar os pontos que se encaixam com o que ocorreu na partida e já terão minha resenha pronta! Vamos a eles então!

4 Motivos para temer que o Vasco seja eliminado nessa quarta:

1- O time do Avaí sabe cozinhar o jogo - No jogo do Rio deu pra perceber como o time catarinense sabe se fechar lá atrás, prender a bola e sair na boa. O jogo da volta começará com o Avaí classificado e podendo repetir a tática que deu certo na primeira partida. E por não se tratar de um time grande, poderá abusar desse expediente sabendo que por mais que embrome em campo a torcida jamais o cobrará pra partir pra cima.

2- O Vasco precisa marcar gols para se classificar e marcar gols tem se mostrado a principal deficiência do time. Mesmo nos seus melhores momentos nas partidas o Vasco marca bem atrás, controla bem a bola no meio campo mas quando chega perto da área não sabe o que fazer. Cria poucas oportunidades claras e quando elas aparecem, perde muitos gols feitos. Num jogo equilibrado isso costuma ser fatal.
3- O time do Vasco é inexperiente - Um recente levantamento mostrou que o Vasco tem o quinto elenco mais jovem da série A do Brasileirão e isso costuma cobrar seu preço nos jogos decisivos, quando é preciso segurar os nervos. É por isso que nesse momento, por mais que uma parte da torcida clame por Élton e Bernardo no time, é importante contar com jogadores mais rodados como Diego Souza e Alecsandro que podem dar a calma necessária para chegarmos ao nosso objetivo.

4- Julinho - O grande desafogo do Avaí no primeiro jogo atendeu pelo nome do lateral esquerdo da equipe catarinense, que criou as principais jogadas ofensivas do time, inclusive a que terminou com o gol dos visitantes, botando o setor defensivo direito do Vasco no bolso. Ricardo Gomes teve uma semana para imaginar uma maneira de neutralizar essa arma advesária e é bom tê-la encontrado, ou teremos sérios problemas.

5 Motivos para confiar que o Vasco chegará na final:

1- O Vasco tem jogado melhor fora do que em casa - A torcida tem sido impaciente com o plantel vascaíno, trata com desconfiança uma boa parte da equipe titular e tão logo o jogo se complica já começa a vaiar o time. Talvez seja essa a explicação para o nervosismo que tem feito o Vasco jogar de forma afobada e desorganizada em casa, talvez não. O fato é que as melhores apresentações cruzmaltinas ultimamente tem sido fora do Rio e temos tudo para acreditar que acontecerá de novo agora.

2- O Vasco vai a campo sem desfalques - Aos 30 minutos do segundo tempo da partida de ida, quando Anderson Martins sentiu a fisgada na coxa e acabou substituído eu comecei a ver a vaca ir pro brejo. Naquela altura do jogo já não dava para contar com a vitória vascaína em casa e eu já previa as dificuldades de encarar o jogo decisivo com uma defesa completamente desfigurada. Felizmente a semana foi alvissareira e não só o Anderson mas também o Rômulo, que tanta falta fez na cobertura do setor direito no primeiro jogo, se recuperaram de suas lesões e, somado a volta de suspensão de Eduardo Costa, nosso treinador já tem todos os jogadores a disposição para montar o time do jeito que melhor lhe convir.

3- O esquema tático do Vasco - Ao longo da semana Ricardo Gomes deu indicativos de que virá com um esquema tático mais interessante para o jogo da volta. Fágner deve reassumir a lateral-direita (Alan se mostrou muito bem jogando improvisado por ali mas não faz nenhum sentido ser o titular com Fágner de novo em condições de jogo) e Felipe Bastos - que foi muito mal na primeira partida - deve dar lugar para um volante mais combativo como Jumar ou Eduardo Costa. Acredito que assim nosso lateral tatuado terá mais liberdade para apoiar e procurar o gol.

4- O crescente de Diego Souza - Apontar o Diego Souza como um dos motivos para se confiar numa classificação pode parecer um ato de desespero mas a verdade é que se o nosso camisa 10 ainda não assumiu o papel de protagonista que se espera dele em campo ele pelo menos deixou de ser aquele jogador apagado e já começa a criar algumas jogadas interessantes. Quem sabe o próximo jogo não marcará a sua volta por cima com uma grande atuação que levará o Vasco a final?

5 - Gian e Rafael Coelho podem jogar a partida - Tanto o zagueiro quanto o atacante já passaram pelo Vasco, o primeiro desesperando os vascaínos lá atrás e o segundo inervando-os lá na frente. Amanhã eles podem estar do outro lado e um Rafael Coelho isolando todas as bolas lá no ataque e um Gian dando uma só vacilada na defesa pode ser tudo que a gente precisa para voltar de Florianópolis com uma vaga na final.

Moral da história, tudo o que eu disse aqui pode vir a explicar o sucesso ou o fracasso do Vasco nessa partida mas a verdade é que nosso time se encontra num estágio em que não está nem tão forte que possa se dar a vitória como certa, nem tão fraco para vermos a derrota como única possibilidade. Nesse nível acaba que os detalhes acabam tendo grande peso com um gol no começo, para um lado ou para o outro, sendo o responsável pela alegria ou a tristeza de toda nossa família. Outro fator que será preponderante é o comportamento do árbitro. Um juíz mais rigoroso nos será favorável já que jogadores como Felipe e Éder Luís, ou em mais intensidade, Ramon e Bernardo gostam muito de jogar procurando a falta. Um que deixe o jogo correr mais solto certamente nos atrapalhará. Resta então torcer, rezar e esperar que os deuses do futebol estejam conosco essa noite. SARAVASCO!





domingo, 15 de maio de 2011

VASCO 1 x 1 Atlético-PR

"Será que tem lugar pra mim na patota do Gomes?"


Técnicos de futebol costumam optar por duas escolas distintas quando se trata de administrar seu elenco de jogadores. Existe o treinador que escala seu time por posições, com cada comandado brigando por um lugar específico em campo, sem espaços para improvisação. São treinadores como o Dunga da Copa do Mundo de 2010 ou o Celso Roth do Vasco de 2006, que se recusava a escalar Andrade no time por ele ser o reserva de Perdigão, por mais que o outro volante em campo fosse Roberto Lopes (peço perdão aos irmãos vascaínos por trazer de volta à lembrança esse terrível jogador). A outra escola de pensamento prefere eleger os melhores jogadores reservas e, quando algum titular não puder jogar, tentar encaixá-los no time do jeito que for. Pelo tempo de Ricardo Gomes que temos já podemos afirmar sem medo que ele abraça essa segunda filosofia.

Para o jogo decisivo dessa quarta-de-final da Copa do Brasil, com a suspensão de Alecsandro, nosso treinador acabou optando pelo décimo segundo jogador do time, Bernardo, em detrimento do reserva natural da posição, Élton. Não dava para criticar muito a escolha. Bernardo é mesmo o jogador mais habilidoso entre os nossos suplentes e se considerarmos que o Atlético Paranaense viria para São Januário precisando buscar o resultado, contar com um jogador mais veloz para puxar os contra-ataques poderia ser uma boa opção. Mesmo quem defendia a entrada de Élton não se zangou muito com a escolha. Porém, com pouco tempo de jogo, já dava para perceber que essa formação apresentava vários problemas. Pra começo de conversa, escalando Bernardo, Ricardo Gomes empurra Diego Souza para frente, para ocupar a posição de centro-avante. É mais uma mexida que tem fundamento na teoria, já que Diego é um jogador de força e com boa finalização, mas que não se confirma na prática, como já pudemos comprovar à exaustão. Nosso camisa 10 não rende por ali, fica perdido, some do jogo e nós ficamos com menos um jogador. Não bastasse isso, o Furacão, apesar de precisar da vitória para se classificar, entrou em campo chamando o Vasco para o jogo e deixando para sair só na boa, numa formação mais fácil de ser penetrada com um centro-avante de ofício. O árbitro também não ajudou apitando "à européia", deixando o jogo correr e só marcando faltas em caso ippons inquestionáveis, o que atrapalha o jogo dos nossos atletas chama-falta Bernardo e Éder Luís, que nunca se esforçam muito para ficar de pé (Por que será que boleiro não percebe o estilo do árbitro e se adapta ele? Se o apitador tá deixando o jogo solto, chega mais junto quando estiver defendendo, tenta ficar de pé quando está atacando, ao invés de ficar no chão com os braços abertos!). Some-se a isso o dia ruim do Felipe e o que tivemos foi um Vasco que até tinha mais a posse de bola, mas sem transformar isso em muitas chances reais de gol (problema crônico do time há algum tempo) e um Atlético que pouco chegava ao ataque, mas sempre apresentava perigo.

Ainda bem que Ricardo Gomes percebeu tudo isso e, sabendo que tentar segurar o empate era arriscado demais, soltou o time no segundo tempo. Finalmente colocou Élton no lugar de Diego Souza e logo em seguida substituiu Allan por Fágner, dando mais ofensividade à lateral direita, mas o resultado das mexidas não foi imediato. Élton, até por saber que não faz parte da lista de queridinhos do treinador e que por isso precisa agarrar com unhas e dentes cada oportunidade, entrou muito nervoso em campo. Meteu uma mão ridicula na bola, fez faltas nos adversários tentando alcançar bolas pra lá de perdidas, um verdadeiro desastre.O gol do Vasco se recusava a acontecer e quando aos 29 minutos o CAP encontrou seu tento, temi pelo pior. A partir daí veio à tona outro grande problema desse time, a falta de experiência, e o time se desesperou. Antes mesmo da nova saída Fernando Prass já brigava com o adversário para pegar a bola no fundo das redes e com o jogo de novo valendo vimos o time irritadiço e nervoso, o que nunca ajuda quando se tem 15 minutos para fazer um gol. Sorte que logo a estrela de Ricardo Gomes brilhou e, graças aos dois jogadores que ele pôs em campo, o Vasco chegou ao empate. Um cruzamento de Fágner na cabeça de Élton pôs o Vasco novamente se classificando para as semi-finais e a partir daí a preocupação foi só esperar a partida se encerrar.

Jogo tenso, bem mais nervoso do que precisava ser, mas que no fim nos levou a fase semi-final da competição. A questão passa a ser como se portar daqui para frente. Não há muito o que inventar, é seguir com o time que temos e torcer para que nos próximos jogos o entrosamento e a experiência dêem mais qualidade ao time. Eu desistiria de vez de testar Diego Souza como centro-avante e deixaria ele no meio mesmo, arrancando de trás, que foi como ele jogou na sua melhor partida pelo Vasco, no jogo lá em Curitiba. No meio eu escalaria Eduardo Costa (pro próximo jogo não dá, está suspenso, mas depois deste) e Rômulo para fechar mais a defesa, com Fágner voltando para a direita, com liberdade para apoiar. Meu medo maior fica sendo a nossa torcida que, depois da eliminação de outros times tradicionais pelo caminho e com a confirmação de que Coritiba, Ceará e Avaí são nossos adversários na luta pelo caneco, começou com discursos de que o título agora é obrigação, de que a Copa já está ganha. A euforia é natural mas temo que o excesso de confiança se transforme em falta de apoio ou até vaias, semana que vem, se o jogo contra o Avaí se apresentar mais complicado do que muitos esperam. Foco, galera! Estamos próximos de um título depois de muito tempo, é agora que não dá pra vacilar... HASTA LA VITÓRIA!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vasco 0 x0 Flamengo



Pronto, peguei bode desses dois agora...



Foi um jogo feio, de poucas oportunidades, e não dá nem para dizer que foi porque os times se respeitaram. Simplesmente o setor defensivo das duas equipes foi superior ao seus ataques e nas poucas vezes em que isso não se confirmou a má pontaria dos jogadores se encarregou de manter os zeros no placar. Na disputa de penalidades pesou a pouca experiência dos jogadores e da própria equipe vascaína, que há muito deixou de frequentar as finais dos campeonatos que disputa. Para mim é sintomático que o único jogador cruzmaltino a marcar nas cobranças tenha sido Alecsandro, justamente o mais experiente e acostumado a finais entre os cobradores.

No mais, devo admitir que fui otimista demais em minha última postagem, quando enxerguei em Ricardo Gomes um treinador de visão previlegiada, que aproveitava a época de confrontos mais fracos para preparar seu elenco para os tempos mais difíceis. O Francês continuou a escalar o mesmo time de sempre, a fazer as substituições nos mesmos momentos, mostrando que tudo que vimos até agora é simplesmente o seu modus operantis mesmo. Eu teria começado o jogo com Fágner na direita ou, no mínimo, teria colocado-o no intervalo, ao perceber que o caminho do gol se encontrava em cima do lateral-esquerdo deles, o terrível Rodrigo Alvim, mas não vou colocar essa na conta do Ricardo por não saber como o nosso lateral tatuado, que está voltando de contusão, se encontra atualmente. Já a minha segunda substituição pro segundo tempo eu não perdôo o nosso treinador por não ter feito. Diego Souza não jogou nada no primeiro tempo, não jogou nada desde que chegou ao Vasco e não vem jogando nada há muito tempo! Não há explicação para deixá-lo em campo até depois da parada técnica, principalmente quando há uma opção tão boa no banco quanto Bernardo, para substituí-lo. Vocês são prova que quando Diego Souza chegou eu defendi a ida do mineirinho para o banco, até para dar uma baixada na bola do garoto que é tão talentoso quanto é marrento, mas diante do que vem jogando o orelha de abano na temporada, não dá pra botar o moleque em campo só quanto todo o resto do time já cansou! Por que não inverter os papéis e deixar Diego no banco pra ver se quando ele entra não entra mordido, querendo recuperar a vaga? Infelizmente, pelas declarações que li do nosso comandante hoje, isso não está nem perto de acontecer.

E não dá nem tempo de respirar, recuperar a perda do turno, porque hoje mesmo a delegação já partiu para Curitiba, para enfrentar o primeiro jogo das quartas-de-final contra o o Atlético Paranaense. Nossa defesa vem se portando bem e se sairmos da Arena da Baixada com um novo oxo não dá pra reclamar do resultado. Ainda bem, porque com Diego no time, jogando o que anda jogando, contar com gols lá na frente vai ser sempre uma tarefa mais difícil...





quinta-feira, 28 de abril de 2011

Separando os homens das crianças



Sim, ele voltou! Mas eu acho que você já tava sabendo, né?





Família Vascaína, me ausentei por um tempo desse espaço porque já estava cansado de comentar jogos do nosso Gigante contra meros sparrings. Não ouso dizer que o Vasco já está pronto mas chegamos num estágio em que jogar contra times menores não acrescenta mais nada, é hora de pegar os grandes, passar dessa última etapa que separa os medíocres dos campeões.

Temos no Brasil a maior pré-temporada do mundo e a prova disso é que só quando maio começar passaremos a ter jogos realmente decisivos. Deu pro Vasco começar o ano todo errado, perceber a merda, mudar tudo e acertar o prumo sem causar nenhum estrago maior. Daqui pra frente, não. A partir de agora qualquer vacilo será sentido até o final do ano. Carrego comigo a impressão que, nessa realidade de 'pre-temporada' hipertrofiada, nosso comandante Ricardo está agindo bem. Reclamamos muito por ele manter o Diego Souza até o final das partidas, colocar o Leandro em campo em jogos que pediam por outros jogadores, jogar com um elenco ofensivo mas pouco combativo porque a gente que é torcedor quer sempre ganhar cada jogo da melhor maneira possível mas o francês está vendo mais longe. Está fazendo o que se deve fazer numa pré-temporada, preparando um ELENCO. A gente pode jogar com um Diego pregado em campo contra o Olaria, vai deixar o jogo mais complicado, mas dá pra encarar. E com isso vamos preparando o jogador pra render quando ele realmente for necessário (eu ainda sou cético em relação ao DS10, mas você entendeu o meu ponto), podemos jogar com o Felipe morto nos últimos 20 minutos agora se isso significar que ele vai chegar inteiro quando a temporada ferver. Pode dar mais experiência para jogadores como Rômulo e Fellipe Bastos e deixar o mais que rodado Eduardo Costa no banco. Porque o Ricardo tava pensando em vencer até agora mas ele sabe que é bem mais importante vencer daqui pra frente.

Eu não posso garantir que o Ricardo Gomes fez o que fez até agora com esse pensamento, mas torço muito para que tenha sido isso porque assim ele já se diferenciaria da grande maioria dos técnicos brasileiros, que encaram esses estaduais cheios de timecos da mesma maneira que encaram o Brasileirão, quando são realidades completamente diferentes. Pode ser o diferencial que nos fará chegar no nosso lugar de direito, e a notícia de que os treinos do resto da semana serão fechados é mais um indicativo dessa tese. A época dos testes acabou, agora o Ricardo está pensando no melhor Vasco possível. Ele já sabe que pode contar com Fellipe Bastos e o Rômulo se for preciso mas agora deve voltar com Eduardo Costa fechando mais o meio. Diego Souza já teve todas as oportunidades para se adaptar ao Vasco e no domingo, se não melhorar seu desempenho, sairá no meio do jogo, sou capaz de apostar. Agora é decisão, é matar ou morrer a cada jogo, até o final do ano, e é hora do Vasco mostrar que tem garrafa vazia para vender.

E não há timing mais perfeito do que justamente na semana que marca o início dos jogos de verdade para o Vasco o nosso clube anunciar oficialmente o retorno de um ídolo de verdade para nossa casa. QUE BAITA CONTRATAÇÃO É A VOLTA DO JUNINHO. Digo, sem medo de errar, que é a maior contratação do Vasco nos últimos tempos, independente do que ele vai render em campo. Não é só a volta de um jogador identificado com o Vasco, idolatrado pela torcida, símbolo de uma era vitoriosa do Vasco. É a volta de um baita ser-humano, correto, profissional, carismático. É um cara que vai fazer bem pro elenco, um baita exemplo pr'aquela garotada. E vai ser um baita reforço pra a nossa imagem! Que bom ver nosso clube se desvencilhar daquela imagem grossa, arrogante, mal-educada e prepotente que o Eurico tatuou no Vasco fazendo dele um dos clubes com maior rejeição no país e se aproximar de uma imagem de educação, de serenidade, de respeito - e também vitoriosa, não vamos esquecer - graças a pessoas como Roberto, Ricardo Gomes, Rodrigo Caetano e agora Juninho.

Torço muito para que Juninho dê em campo o retorno que a torcida espera dele, que comande o nosso meio, que continue fazendo os golaços de falta que o consagraram e que mostre preparo para jogar até os quarenta anos no Vasco. Mas esta será a menor contribuição que ele dará para nossa instituição, tenham certeza. Bem-vindo de volta, Juninho! Que fique conosco por muitos anos! E que um dia eu possa ter o prazer de poder te chamar também de meu presidente!



domingo, 10 de abril de 2011

Vasco 2 x 1 Cabofriense

Alguém lá no site do Vasco acabou de aprender a mexer no Photoshop




Existem muitas semelhanças nos últimos três jogos do Vasco. Foram três partidas em casa, contra três times de menor investimento e em todas elas o caminho ficou mais livre com a expulsão de um jogador adversário no meio do jogo. Apesar disso só em uma dessas três partidas (4x0 contra o Bangu) a vida do Vasco foi fácil. Se com tanta coisa a seu favor o Vasco penou para vencer o que esperar desse time em condições mais adversas? Dá para se empolgar? Talvez não. Mas também não há motivo para desespero.

A maior qualidade do Vasco nessas partidas foi o volume de jogo. Como eu já disse por aqui, temos volantes e zagueiros que ao invés de só marcar gostam e sabem sair para o jogo, nosso quarteto ofensivo tem qualidade e nossos laterais gostam de subir para o ataque. É esse volume que faz o adversário ter que se desdobrar na marcação, acabar cometendo mais faltas e assim levar mais cartões e, consequentemente, ter jogadores expulsos (percebam que os três vermelhos nessas partidas foram por acumulo de cartão). As expulsões não foram presentes divinos ou parte de esquemas conspiratórios, são consequência do jogo do Vasco. Se continuarmos com essa pegada, mais delas virão.

Esse volume de jogo também acarreta em muitas finalizações a gol mas não necessariamente em gols marcados e aí surge a primeira dificuldade do Vasco. Num primeiro momento podemos exaltar a qualidade do goleiro adversário ou então lamentar a falta de sorte do nosso ataque mas depois de tantas chances desperdiçadas (devemos ter chegado a umas 50 finalizações na soma dos dois últimos jogos) percebe-se que há algo mais aí. É falta de qualidade e/ou tranquilidade dos nossos jogadores e temos que resolver isso logo pois em jogos mais complicados não teremos tantas chances de empurrar a bola para dentro. Além disso vimos nesses jogos que mesmo com o Vasco atacando tanto e com a equipe adversária em desvantagem numérica uma boa parte do jogo ainda assim nossos oponentes conseguiram chegar com perigo a nossa meta em uma quantidade bem acima do desejável. Estamos sofrendo com nossa defesa não só por falta de qualidade (Fellipe Bastos é pouco combativo, Allan joga fora de posição e Ramon está em péssima fase) mas também por falta de arrumação (falhas na cobertura, erros de posicionamento). Talvez Eduardo Costa seja o jogador capaz de não só resolver o problema da pegada no meio-campo como também, por sua idade e sua experiência, ser uma espécie de xerife no setor defensivo mas como só o teremos de volta, com sorte, nas semi-finais da Taça Rio, algo tem que ser visto em relação a isso.

Outro problema que vejo é o retorno que os nossos dois medalhões recém-contratados têm dado em campo. Diego Souza e Alecsandro têm grife, são sonhos antigos da diretoria e com certeza vão continuar sendo escalados como titulares mas precisam se readaptar e voltar a jogar bem rapidamente. Atualmente eles têm sido muito pouco vistos em campo e são facilmente anulados, sobrecarregando o resto do setor ofensivo.

Ou seja, o Vasco tem qualidade, vem mostrando evolução mas ainda apresenta problemas graves e que precisam ser consertados rapidamente. Quarta-feira já teremos um jogo decisivo, o mais decisivo até agora na temporada, e qualquer erro pode custar caro. Jogar contra o Náutico no Aflitos costuma ser complicado, tenso, truncado e não podemos vacilar. Não vou poder assistir ao jogo porque vou estar no show do U2 (ganhei o ingresso e portanto não dá nem para reclamar) mas se quando sair do Morumbi descobrir que foi um 0x0 chato, amarrado e que fica tudo aberto para ser decidido aqui no Rio, darei pulos de alegria. Até lá, serei só nervosismo.

Boa sorte para nós, amigos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vasco 2 x 1 ABC



O responsável pela classificação do Vasco está nessa foto e não é o rapaz sem camisa...




Antes de mais nada gostaria de me desculpar com meus poucos leitores por não ter feito nenhum comentário sobre o jogo contra o Bangu. Mas é que o Vasco apresentou naquela partida os mesmos erros e acertos dos últimos jogos e achei que ficar apontando-os novamente seria redundante e chato. A verdade é que a equipe do Vasco ainda está em formação e por isso apresenta várias falhas. Algumas vezes, seja pelo estilo de jogo do adversário, pelo valor individual de algum jogador ou até mesmo circunstâncias da partida, o jogo vai encaixar e ser fácil, como no domingo. Em outros dias vai dar tudo errado, como foi o caso de ontem.

Pra resumir a equipe do Vasco em uma frase, é um time com vocação ofensiva mas que não sabe como atacar. Temos laterais que marcam mal, zagueiros que gostam de subir para o ataque e um meio-campo que, principalmente com a saída de Eduardo Costa, tem muito pouca combatividade (se eu fosse Ricardo Gomes já ia preparando o time com Jumar no meio porque se enfrentarmos times com mais volume ofensivo com a atual escalação, teremos problemas). Já no ataque, tirando Felipe que ainda procura destribuir o jogo, só temos jogadores que buscam a jogada individual e que sempre vão encontrar dificuldade contra defesas mais bem postadas. Some-se a isso o nervosismo natural de uma equipe que tem que buscar o resultado e temos todos os ingredientes para o drama.

O ABC tem um time bem arrumado e bom para anular o jogo do Vasco. Tem uma defesa bem fechada que o Vasco com suas jogadas individuais não conseguia penetrar. O resultado disso foi um time tentando muitos chutes de fora da área, nunca com perigo. E o contra-ataque do time potiguar era rápido, causando vários problemas para a fragilizada defesa do time e rendendo inclusive o gol que só deixou as coisas mais complicadas. Apesar disso o Vasco conseguiu criar muitas jogadas de ataque e não dá para aceitar que perca tantos gols na cara, o futebol costumar cobrar caro por esse tipo de coisa.

Felizmente, no início do segundo tempo, uma só jogada fez toda perspectiva do jogo melhorar. Ramon, talvez o pior jogador do Vasco em campo, conseguiu com um mergulho tão patético quanto a sua atuação não só a marcação do pênalti que nos traria o empate como a expulsão do zagueiro adversário, clareando bastante o horizonte. Pensei que a partir dali o jogo ficaria fácil, mas que nada, ainda tivemos dificuldade em conseguir o segundo gol, o que me faz ter certeza de que, sem a ajuda do juíz, não teriamos conseguido passar por essa.

No meio de tudo isso, muitas atuações individuais abaixo da média. Nossos laterais foram fracos, Diego Souza não conseguiu mostrar nada em campo mais uma vez e Alecsandro continuou apagado em campo com o agravante de ter ainda ter desperdiçado as poucas chances que apareceram, centro-avantes que se prezem não podem se dar esse luxo. De positivo a atuação do Éder Luís que, apesar de muito individualista está melhorando de produção e a entrada de Bernardo, bom décimo-segundo jogador, enquanto a paciência de Ricardo Gomes e da torcida com Diego Souza não se esgota.







quarta-feira, 30 de março de 2011

ABC 0 x 0 VASCO



"Compra uma bola pra você que essa eu vou levar pra casa, parceiro"



Eu já tinha alertado no último post e também mais cedo no twitter a importância que o Felipe tem no atual time do Vasco por ser o único jogador no elenco que sabe cadenciar o jogo no meio-campo, fazer a bola rodar e com isso deixar o time inteiro jogando melhor. Agora temos essa partida de ida na segunda fase da Copa do Brasil para comprovar de vez isso.

O que vimos nesse jogo foi um Vasco sem meio-campo. Bernardo e Diego Souza, seguindo suas características, conduziam demais a bola, sempre buscando concluir a gol. A bola só chegava nos atacantes em ligações diretas da defesa ou se os mesmos voltassem para buscar a bola e nesse caso eles faziam a mesma coisa que nossos meias-ofensivos, saiam conduzindo a pelota em busca de uma finalização. Buscar a jogada individual é algo que poderia dar certo se nossos jogadores estivessem em um bom dia ou se tivessemos um juíz mais disposto a apitar faltas, mas como nenhuma das duas coisas aconteceu a maioria das jogadas do Vasco terminou em péssimas conclusões ou com os jogadores vascaínos estatelados no chão. A partir do meio do primeiro tempo a coisa complicou ainda mais com a contusão de Eduardo Costa, que deu lugar a Fellipe Bastos. Com Rômulo recuado para primeiro volante, onde rende bem menos, e Bastos enfraquecendo defensivamente o setor, o ABC, que já vinha explorando os buracos deixados pelos nossos laterais reservas, cresceu no jogo que se tornou aberto para os dois lados, mas sem grandes chances para nenhuma das equipes, já sugerindo que o placar iria terminar sem altererações.

No seu primeiro jogo como titular nosso novo centro-avante Alecsandro teve uma participação discretíssima, como não poderia deixar de ser. O rendimento de um matador está intrinsecamente ligado a quantidade e qualidade das bolas com que é municiado e com cada um no time querendo uma bola pra si é óbvio que ele iria ficar isolado. É um começo tímido para um jogador em quem eu deposito muita esperança mas é preciso vê-lo atuar com um meio-campo mais passador como o Felipe ou com laterais mais ofensivos como Ramon e Fágner antes de sentenciar qualquer coisa.

Por falar em conclusões precipitadas passei o jogo acompanhando as reações da torcida vascaína no Twitter e fiquei impressionado com a impaciência da mesma com o nosso time. Acho que ninguém ficou satisfeito com o que viu hoje mas sair atacando a tudo e a todos não me parece a decisão mais acertada. Não custa nada lembrar que o Vasco é um time ainda em formação, que se viu obrigado a reformular o grupo depois do ano começado (do nosso quadrado ofensivo nesse jogo, por exemplo, apenas Éder Luís participou da pré-temporada), Diego Souza está apenas no seu terceiro jogo, Alecsandro jogou sua primeira partida como titular e o nosso treinador ainda está conhecendo o grupo. Além disso jogamos desfalcados de nossos dois laterais, sem o nosso principal jogador no momento e praticamente o jogo inteiro sem Eduardo Costa, único volante mais marcador atualmente no elenco. Sem contar que foi UM jogo ruim, então é meio cedo para querer por tudo abaixo, não é mesmo?

Concordo com quem reclamou da demora de Ricardo Gomes em mexer no time, mas olhando para as opções no banco não dá tanto para criticá-lo. Ou alguém aí achava que Enrico, um jogador com as mesmas características de Bernardo e Diego Souza mas sem o talento, iria resolver o jogo? Por que deveríamos concluir que a bola que não estava chegando para o Alecsandro ia passar a chegar para o Élton? Leandro? Alguém que viu ele jogar nas últimas partidas pode ter a confiança de que ele era a solução? É verdade que se o que viamos em campo não estava funcionando a melhor coisa a fazer era procurar dar uma mexida no time, mas não considerei isso um grande erro do nosso treinador, não.

Fora isso, o que me tem surpreendido é como a torcida pegou Rômulo e Fernando Prass para Cristo. Nenhum dos dois tem tido um desempenho tão abaixo da média para tamanha perseguição, sendo que o Prass, inclusive, fez uma bela defesa no jogo de hoje, evitando um gol que complicaria ainda mais a nossa vida no jogo da volta. Mas, mais do que isso, tendo o Vasco passado os últimos três jogos sem sofrer gols e os dois últimos sem marcá-los, por que ao final do jogo a torcida acha que dois jogadores defensivos são os responsáveis pelos maus resultados?!

Enfim... implicâncias a parte o Vasco tem agora aproximadamente um mês pela frente sem grandes confrontos para azeitar melhor esse time antes das finais do Estadual e do afunilamento da Copa do Brasil, quando o destino desse semestre estará em jogo. É tempo suficiente para estarmos preparados, mas se a torcida continuar impaciente, pode acabar atrapalhando nesse processo.


segunda-feira, 28 de março de 2011

VASCO 0 x 0 Fluminense

Quer entender, Diegão? O sobrevasco te explica...




O clássico contra o Fluminense serviu para ratificar o que o clássico contra o Botafogo já vinha mostrando... o Vasco evoluiu bastante desde a chegada de Ricardo Gomes e está aos poucos se transformando num time competitivo e já é, para mim, candidato real ao título carioca.


Se por conta do esquema retranqueiro do Botafogo eu evitei ser conclusivo a respeito da defesa vascaína, após enfrentar o Fluminense de Fred, Conca e companhia, já dá para afirmar com mais propriedade que estamos com um sistema defensivo bem bom. É triste perceber que a saída de Dedé no meio do ano fica cada dia mais concreta porque a sua parceria com Anderson Martins na dupla de zaga poderia fazer história, são dois grandes zagueiros. O resto da defesa também está fazendo sua parte e é por isso que acho injustas as críticas que estão sendo feitas tanto ao Rômulo quanto ao Fernando Prass. Rômulo está muito bem nessa temporada e quem o critica está só com a lembrança de alguns jogos desastrados que o volante fez ano passado, sem perceber a evolução do jogador. Já as críticas a Prass, são fruto de uma avaliação exagerada que a torcida fez do goleiro em outros tempos. Nosso camisa 1 nunca foi esse jogador acima da média, mas, com a ajuda do resto da defesa, vem fazendo bem o seu trabalho e não há porque pegar no pé dele agora.


O setor ofensivo já não se comportou tão bem. Deu para perceber que Bernardo recebeu um pito do Ricardo Gomes porque soltou bem mais a bola nesse jogo, talvez até demais, podia ter arriscado mais jogadas individuais. Mas continuou bem nas conclusões e só não saiu com mais um gol na artilharia devido a grande defesa do goleiro adversário. Diego Souza, que já estava sem ritmo de jogo e ainda passou a semana as voltas com uma gripe se mostrou bem fora de forma. Em quatro ou cinco jogadas deu para perceber o atacante fazendo a jogada certa para pegar a bola na frente mas depois simplesmente não conseguir chegar na bola. E com o passar do jogo sua deficiência física só fez piorar. No ataque, Éder Luís continuou apagado e perdendo gols feitos e só mesmo a jogada em que pegou a bola no meio-campo, passou por três adversários até concluir com uma pancada que estourou no travessão serviu de alento para o torcedor de que um dos nossos melhores jogadores na última temporada possa estar voltando a velha forma. Fora isso, nossos laterais reservas se contentaram em compor o setor defensivo e foram tímidos no apoio ao ataque que teve como grande destaque mesmo Felipe. Como está jogando nosso velho ídolo! Só a meia dúzia de enfiadas de bola que ele dá por jogo, deixando nossos atacantes na cara do gol, já justificaria sua escalação mas ele está indo além disso e dirigindo completamente o meio-campo vascaíno, justificando a alcunha de maestro. Nosso time está ficando completamente dependente de sua atuação para jogar bem e a queda de rendimento quando ele cansa e acaba saindo do jogo é o principal problema que nosso comandante tem que resolver no momento.


Aliás, a saída do Felipe contribuiu para a queda de rendimento do time no segundo tempo mas não dá para dizer que foi só isso. Nossos suplentes entraram muito mal no jogo e desse jeito vão continuar mesmo no banco de reservas. Vou dar um desconto para o Alecsandro que chegou no clube essa semana e ainda precisa de tempo para se ambientar mas a sua estreia foi pífia. Mas difícil de defender foram as atuações de Jeferson e Leandro, que não apresentaram nada. Com o qualificação do elenco do Vasco, se não agarrarem essas oportunidades que aparecem, vão começar a perder espaço.


No final, não dá para reclamar do resultado, que nos manteve na liderança do grupo. Agora temos cerca de um mês para acertar ainda mais a equipe – e ganhar os jogos que faltam porque, pelamordedeus, chega de perder ponto para pequenos – e entrar nas semi-finais do turno na ponta dos cascos e então, partir para buscar o título que sua torcida tantao almeja.

domingo, 20 de março de 2011

Vasco 2 x 0 Botafogo

Ricardo Gomes e o problema que todo técnico gosta de ter.



O tempo passa, o tempo voa, e o papai Joel continua o mesmo, armando suas super-retrancas, se contentando em passar o ferrolho lá atrás e torcendo pro gol sair de algum jeito lá na frente. Não dá pra dizer que é uma filosofia ineficiente, o Natalino tem alguns títulos no seu currículo para contestar isso, e sua tática poderia ter dado certo mais uma vez nesse domingo se a arbitragem tivesse errado e confirmado o gol de Herrera, mas, valha-me Deus, como é chato! É complicado para um torcedor ver seu time ficar nas cordas o tempo todo, torcendo para que em algum momento consiga acertar o queixo de vidro do adversário e virar a situação. É por isso que torcida nenhuma consegue ficar de bem com Joel Santana por muito tempo.

Diante desse panorama fica até difícil de analisar o primeiro tempo do Vasco. Teve um amplo domínio de bola, mas foi muito porque o Botafogo deu campo pra ele. Teve poucos riscos na defesa, mas foi porque o Botafogo, com três volantes em campo, estava mesmo mais preocupado em defender. Por esse panorama dá até para dizer que foi o time de General Severiano que saiu vencedor no primeiro tempo, já que este saiu do jeito que ele queria, bem truncado, com poucas chances para os dois lados.

Pelo lado do Vasco a grande polêmica durante a semana foi como Ricardo Gomes iria armar o time para a entrada de Diego Souza. No primeiro dia de treinamento já começou a ser ventilada a possibilidade do time jogar com apenas um volante no meio, completando o setor com Bernardo, Felipe e Diego. A idéia de deixar ainda mais frágil defensivamente uma equipe que já vinha enfrentando problemas na marcação logo num clássico me parecia absurda mas foi tão treinada no transcorrer da semana que acabei temendo pelo pior. Felizmente não foi isso que se viu quando o time entrou em campo e Ricardo acabou mostrando uma escalação mais conservadora, com Élton saindo para a entrada de Diego Souza. Ficou então a dúvida se tanto treinamento com a armação ofensiva foi feito só para despistar o adversário ou se já era um ensaio para um possível abafa no final do jogo, caso a defesa do Botafogo permanecesse impenetrável. Talvez Ricardo Gomes já estivesse pensando em deixar o time assim ao vê-lo sem grandes chances de gol, quando o estreante da noite, até então discreto, aproveitou para mostrar suas qualidades - calma e habilidade aliadas a uma garra que o faz acreditar em todas as jogadas - e num erro da zaga adversária abrir o placar. A partir daí ficou fácil, o Botafogo teve que se abrir para buscar o empate e o Vasco soube administrar bem o jogo, conseguindo até ampliar o placar depois com Éder Luís. Findado o jogo a pergunta passou então a ser, agora que arrumaram um lugar pro Diego Souza, onde encaixar o último reforço do elenco, Alecsandro?

Analisando a atuação do time hoje dá pra se ter algumas pistas. A defesa se comportou bem, se Ramon não voltou a fazer uma atuação daquelas que o fez cair nos braços da torcida pelo menos já conseguiu aparecer com algum destaque no apoio e não comprometer na defesa. Allan, mesmo meio torto por jogar improvisado na lateral-direita foi bem tanto no apoio quanto na defesa e mesmo saindo do time para a volta do titular Fágner mostrou que dá pra contar com ele por ali quando precisar. Eduardo Costa e Rômulo foram bem na proteção e ajudaram a melhor parte da nossa defesa, o trio Prass-Dedé-Anderson, a ter um jogo sem dificuldades. Acho difícil do francês mexer nessa parte do time e a ideia de um Vasco com um meio-campo super-ofensivo vai acabar mesmo relegada para aqueles finais de jogo onde tem que se partir para o tudo ou nada. Não há dúvida então, com a entrada de Alecsandro, é alguém da frente que vai sair.

Achei engraçado, durante a transmissão do jogo no Premiere, ouvir o Luís Carlos Jr. perguntar para o Lédio Carmona qual das três estrelas do meio-campo teria que sair do time. Felipe é um ídolo desde outras eras e Diego veio com status de craque mas, peraí, já estamos colocando o Bernardo no nível deles dois?! Tudo bem, o começo do garoto no Vasco foi mesmo digno de nota mas vamos um pouco mais devagar com esse andor... durante a semana, ao ver que o precoce craque apareceu com um novo penteado eu já tuítei que ele estava ficando mascarado e nesse jogo deu para confirmar. Ele abusou do individualismo culminando com um contra-ataque onde, ao invés de tocar para o Ramon que vinha entrando livríssimo pela esquerda da grande área preferiu concluir a gol. Foi substituído logo depois do lance, em uma clara mensagem de Ricardo Gomes de que não é por aí que a banda toca. Também fiquei surpreso com a resposta de Lédio Carmona, dizendo que deve sobrar mesmo para Bernardo ou para Felipe e que ele, particularmente, preferia que saísse o último. Felipe tem feito excelentes apresentações, comandado o meio-campo e é um jogador de habilidades inquestionáveis... não dá para mandar ele pro banco e deixar em campo alguém que, por mais que esteja bem, ainda é uma promessa. Mas não é nem por isso que acho que ele tem que continuar no time. Bernardo e Diego Souza têm estilos parecidos, ambos são mais individualistas, gostam de pegar a bola e partir pra dentro, um meio-campo com os dois vai ficar muito preso. É preciso um Felipe no meio, distribuindo a bola, tocando de primeira, fazendo lançamentos, para deixar o time do Vasco mais dinâmico. Se me consultassem, era o Bernardo mesmo quem iria para o banco, pra pensar um pouco a vida e voltar depois mais humilde para o time. Além disso, não causaria muitas mudanças no esquema tático, que continuaria a ser um 4-4-2. Mas se saísse o Éder Luís também não iria reclamar, não. Nosso camisa sete continua devendo nessa temporada e nem o golaço dele limpou sua barra comigo nesse jogo.

Mas enfim, acho que é isso... Alecsandro deve entrar no time já no próximo domingo e para mim são Bernardo e Éder Luís que estão no paredão para dar a vaga para ele. Por não mudar o esquema tático, por ser mais antigo e prestigiado no grupo e até pelo golaço contra o Botafogo, eu acho que por enquanto é o Éder que continua no time. Mas é bom ele abrir o olho e melhorar seu futebol por que senão é capaz de perder a titularidade para o próprio Bernardo, um Bernardo com a bola mais baixa e com a consciência de que pode até ser bom de bola mas ainda está longe de ser um dos astros da companhia.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Madureira 2 x 4 Vasco da Gama

Ah, Madureira! Por que trocastes teu tão garboso e tradicional uniforme tricolor por essa coisa amarela?




Durante todo o jogo contra o Madureira, mesmo quando o Vasco estava na frente do placar, observava-se o desconforto de nosso técnico à beira do campo e o motivo era óbvio, a defesa vascaína que, completamente perdida, deixava o adversário chegar com perigo ao ataque em quase todo lance. Se na parte ofensiva vamos acertando cada vez mais, lá na cozinha o negócio não se endireita e parece que só mesmo quando o time marca em cima, na saída de bola do adversário, consegue ter mais controle do jogo. Com ninguém tem fôlego pra fazer isso o tempo todo, na maior parte da partida temos que aturar o sufoco na nossa área.

Nesse domingo ainda tinhamos a desculpa do Cesinha, que substituiu Anderson Martins, suspenso. Quem acompanhou o Vasco ano passado sabe que tanto Cesinha quanto Dedé gostam de jogar pelo lado direito, que ambos se complicam pela esquerda e que eles são uma dupla de zaga que simplesmente não dá liga, não pode atuar junta! Não acho Cesinha um mal zagueiro, já o vi fazendo boas atuações mas simplesmente não dá para ele jogar do lado do Dedé. Para mim a solução é simples, Cesinha é o reserva imediato do Dedé. Se o nosso mito da camisa vinte e seis estiver contundido, suspenso ou tiver ido visitar a vó, Cesinha entra no seu lugar, sem discussão. Se não, amigo, não deixa o garoto nem no banco. Ouviu bem, Ricardo Gomes?

Ontem o francês começou o jogo colocando Cesinha para atuar no lado esquerdo mas o garoto foi tão mal que no intervalo trocou de posição com Dedé, mudança que não surtiu muito efeito. Dava até para sacramentá-lo como pior jogador vascaíno em campo, não fosse a partida pífia de Ramon. Parece que nosso lateral-esquerdo ainda estava cumprindo suspensão, tamanho o seu sumiço em campo. Quando aparecia era para fazer besteira, levou um verdadeiro baile de Valdir, o lateral direito do tradicional tricolor suburbano. Dedé também me pareceu perdido no meio de tanta zorra. É como se ele, já ciente que seus companheiros de zaga seriam facilmente batidos, quisesse cobrir todos os espaços, coisa que nem um jogador com dois metros de perna como ele consegue. No lado direito Fágner continuou mostrando o seu futebol modelo 2011, com muita vontade mas pouca inspiração. Não chegou a comprometer lá atrás, salvou até um gol em cima da linha, e se apresentou bastante na frente, mas sem conseguir encaixar uma jogadinha que valesse o registro. Isso posto, acabou que quem mais se destacou na defesa foi mesmo Fernando Prass que, não entendo por que, vem sendo acusado de estar em má fase. Não acho Prass essa coca-cola toda que, durante um bom tempo, a torcida chegou a acreditar que fosse mas é um bom goleiro e não vi nenhum erro comprometedor dele nessa última partida.

Do meio pra frente o negócio melhora. Eduardo Costa teve uma partida em que, se não chegou a se destacar, também não comprometeu e me agradou a atuação do Rômulo, que fez um bom combate no meio e se apresentou bem no ataque. A torcida pega no pé do garoto mas tenho visto uma evolução nele, acho que ainda pode agradar bastante. Caso contrário, há sempre a opção de Fellipe Bastos, um pouco menos eficiente na marcação mas muito bom no apoio, como mostrou ontem, quando entrou em campo.

No nosso meio ofensivo, a melhor notícia. Felipe se sente cada vez mais a vontade no comando do time, deixou de ser aquele jogador individualista e driblador, que muitos ainda têm na memória para ser um grande distribuidor do jogo vascaíno. É de seus lançamentos e passes de primeira que constumam vir as jogadas diferenciadas que acabam por criar as oportunidades de gol do Vasco. Infelizmente já não é nenhum garoto, cansa no transcorrer dos jogos e, com sua queda de produção, o time inteiro cai com ele. E ele está se entendendo bem com Bernardo, a nova coqueluche vascaína, a grande surpresa da temporada. Bernardo vem se mostrando um jogador muito habilidoso e abusado, veloz e bom finalizador. Seu estilo encaixa bem como o de Felipe. Enquanto um cadencia o jogo, o outro põe velocidade. Se um destribui a bola, o outro tenta as jogadas individuais... é uma dupla que promete.

Na frente Élton já mostrou que é, no mínimo, melhor que Marcel. Nosso novo camisa nove se movimenta, busca jogadas e - pode não ser nenhum grande mérito - dá pra dizer que é o melhor centro-avante que passou por São Januário na administração Roberto Dinamite. O problema atualmente talvez seja justamente a lacuna que se abriu nesse tempo em que ele ficou longe da Colina Histórica. Parece que o time aprendeu a jogar sem aquele referência na área, perdeu a confiança em buscar o finalizador para dar cabo a jogada, quem chega perto da área quer logo bater pro gol. Deu pena de ver o Élton sempre de braços abertos, pedindo a bola, enquanto seus companheiros buscavam o gol por conta própria. Éder Luís talvez tenha sido o maior exemplo disso e por um motivo bem claro, ele sabe que está devendo nessa temporada e tenta a todo custo achar um gol que o coloque novamente nos trilhos, mas tá lastimável. Perdeu uma penca de oportunidades, pelo menos dois gols feitos, o segundo deles pouco antes do Madureira empatar em 2x2, resultado que poderia ter complicado bastante nossa vida no campeonato.

Mas como é pra frente que se anda, o que esperar agora desse time para o clássico contra o Botafogo? Anderson Martins volta ao time, o que já é um alento, e Jumar deve entrar no lugar do suspenso Fágner (me recuso a crer que Ricardo Gomes realmente considere lançar um junior fora de posição logo num clássico, por que não dizer, decisivo para o time), o que deve ajudar no setor defensivo. O problema fica sendo mesmo o lado esquerdo onde Ramon precisa recuperar rapidamente seu futebol, além de ser o lado pelo qual Bernardo desce para compor a defesa (de maneira bem menos eficiente que Rômulo, que tende a cair pela direita). Ofensivamente acredito que a escalação continuará a mesma, com Ricardo Gomes aproveitando a boa fase de seus meias para ir integrando lentamente Diego Souza ao time. Para esse próximo jogo eu aposto em nosso camisa dez entrando no meio do segundo tempo, muito provavelmente no lugar de Felipe, que já deverá estar cansado por essa hora. Mais pra frente na competição o francês terá que tomar a decisão de quem deve sair para o maior reforço da temporada entrar, se vai sacar um dos dois maiores destaques do time nos últimos jogos ou se vai mudar o esquema tático para aproveitar todo mundo (sacando, por exemplo, o Éder Luís, desejo de nove em cada dez vascaínos), mas isso é assunto para outro post...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vasco da Gama 4 x 2 Duque de Caxias


Um cara que passa a ser chamado de 'mito' só por segurar a onda lá atrás, se começar a também resolver na frente vai ser chamado de que?



Nota rapidinha na madrugada só pra não deixar o "jogo da virada" passar em branco.

O que eu vi de positivo:
- Felipe está a cada dia mais solto no comando do Vasco;
- Bernardo está se mostrando um ótimo meia! Do jeito que a coisa vai o Jefferson pode desistir daquele plano de conseguir seu espaço no Vasco;
- Dedé e Anderson Martins formam a melhor dupla de zaga do futebol Carioca.

O que eu vi de negativo:
- Nosso meio-campo está muito pouco combativo, nem a entrada de um volante mais marcador como o Eduardo Costa resolveu a situação. A facilidade para se avançar pela intermediária é muito grande, assim nem a melhor zaga do mundo seguraria o rojão lá atrás!
- Parabéns para o Fágner! Sempre aparecendo na frente e criando jogadas! Pena que o aproveitamento delas é baixíssimo... sempre quer dar um drible a mais e nem saindo debaixo das traves dez vezes por jogo o rapaz aprende a chutar direito pro gol.
- Cadê o nosso Éder Luiz do ano passado? Já voltou pro Benfica? Com a bola que vem mostrando não dou três jogos para ele ir esquentar o banco pro Leandro.


E que venha o Madureira!

quinta-feira, 3 de março de 2011

COMEÇAR DE NOVO...

CARLOS ALBERTO MODELO 2011




Nosso Vasco começou o ano tão mal, mas tão mal que teve direito até a fazer segunda época em pré-temporada. E bom menino que é, se esforçou pra mostrar que aprendeu a lição. Mas aprendeu mesmo? Bem, isso a gente vai começar a saber agora, com o início da Taça Rio.

A mudança foi tão grande que parece mesmo que o ano só começa agora. Em Janeiro tinhamos um elenco em que do time titular de 2010 apenas Rafael Carioca foi embora e os únicos reforços de nome que vieram foram Eduardo Costa e Marcel. Em fevereiro já tinha ocorrido mudança de comando, com a saída de PC Gusmão e a chegada de Ricardo Gomes, a saída de duas estrelas do elenco, Zé Roberto e Carlos Alberto, e agora vemos a chegada de dois rostos conhecidos, Leandro e Diego Souza, além de outros reforços menos cotados como o argentino Leandro Chaparro e o meia Bernardo.

É um recomeço mesmo. E o que deu pra ver nos amistosos até agora foi um time aguerrido e goleador. Eu já esperava uma melhora de produção, sempre que o elenco derruba um técnico é a mesma história, os jogadores se desdobram pra mostrar que o problema já foi embora, mas ainda assim, a volúpia desse pessoal surpreendeu a todo mundo. Justifiquem o quanto quiserem mas um nove a zero vai continuar sendo um nove a zero e isso não é placar que se vê todo dia.

Muito se fala da fragilidade dos adversários do Vasco mas os jogos sob o comando do Ricardo Gomes (3x0 Americano, 9x0 América e 6x1 Comercial) serviram não só pra mostrar que quando joga com vontade o time tem potencial como para dar uma carga extra de confiança no elenco e principalmente na torcida. Ainda é cedo para dizer se esse time vai mesmo dar liga e para avaliar o trabalho de Ricardo Gomes no comando do Vasco, mas o início é promissor. O que podemos fazer agora é dar uma olhada nos reforços que vieram e tentar projetar o que pode vir por aí... vamos lá?

Vamos começar então por Diego Souza, a maior das contratações da nova safra. Acho impressionante como após toda a confusão que houve com Carlos Alberto a diretoria vascaína tenha ido atrás de um jogador que se comporte de maneira tão parecida com ele. Diego Souza é inegavelmente habilidoso mas é mimado, encrenqueiro, perde rapidamente a motivação e quando isso acontece costuma desaparecer em campo. Deve dar certo no começo quando estará motivado por voltar a sua cidade natal, ser a estrela do time e ter esperanças de voltar a ser convocado para a seleção brasileira. Mas e quanto todo esse entusiasmo passar? Isso é o que mais me preocupa, principalmente ao saber que o contrato com o nosso novo camisa dez é de quatro anos. Como diria o poeta, isso prova que na diretoria do Vasco a esperança venceu a experiência...ou então a cúpula que comanda o Vasco simplesmente achou que, pesado os prós e os contras, a passagem de CA19 pelo Vasco foi boa e vale tentar algo semelhante novamente. Eu particularmente acho que se a vinda de Carlos Alberto valeu por ter ocorrido num momento de fragilidade que o clube atravessava, quando ninguém mais queria assumir o fardo de jogar uma segunda divisão e a torcida precisava de alguém pra chamar de ídolo, na situação bem mais tranquila que o Vasco se encontra agora, esse risco era desnecessário.

Mas se isso tudo for apenas um trauma bobo desse vascaíno que vos fala e o rapaz comer a bola, obviamente que ele vai agregar muito valor ao time. A principal qualidade que ele vai trazer é esse talento para bater na bola de onde estiver e vindo ela como vier e ainda assim mandar um tijolaço pro gol. Num time que tem dificuldade de dar bons chutes isso pode fazer toda a diferença.

Outro reforço conhecido do torcedor foi o meia-atacante Leandro, que já jogou no São Paulo, no Fluminense e estava atualmente enconstado no Grêmio. Leandro me parece um jogador razoável, que se entrega em campo e que pode ajudar. Exatamente o que eu esperava de Éder Luís ano passado, quando ele me surpreendeu e acabou sendo um dos maiores destaques do Vasco na temporada. Como os dois tem um estilo de jogo muito parecido e, pelo que se escuta por aí, Leandro teria vindo mesmo para cobrir a inevitável saída do nosso Éder no meio do ano, só resta torcer para que a minha surpresa com ele seja a mesma, não é? Mas vale dizer que, ao contrário de Éder Luís, Leandro vem de um bom tempo parado e sua adaptação não deve ser tão rápida.

Quem também chegou há pouco de fora foi o meia Bernardo, emprestado pelo Cruzeiro e que jogou ano passado pelo Goiás, onde foi destaque. Parece ser um bom cobrador de faltas, o que é outra deficiência do nosso time e, apesar de nunca ter visto ele jogar, as referências são boas.

Além dele, Leandro Chaparro também vem para lutar por uma vaga no meio. O armador argentino é jovem e parece ser mais uma daquelas apostas que os clubes brasileiros tem tentado ultimamente de encontrar o próximo Conca ou Montillo. Se formos mirar pelos últimos gringos do Vasco o seu destino não será dos melhores... nenhum chegou a jogar duas partidas pelo clube e o que melhor se destacou - e único que continua no elenco - é o Irrazabal, que tem que dar graças a Deus se conseguir pegar um banco nas partidas. E a disputa ali no meio não será fácil... é o setor que mais conta com jogadores no elenco e a chegada de Chaparro e Bernardo talvez sinalizem uma falta de confiança numa estabilidade de Felipe e Diego Souza, virtuais titulares, entre os onze que irão pra campo.

Além desses se fala muito também na vinda de Alecsandro para suprir o setor mais carente do time, como homem de área, mas com os entraves que o Internacional tem colocado a nossa diretoria resolveu por a negociação em modo de espera, numa esperança de que os atuais centro-avantes que já estão em São Januário dêem conta do recado. Alecsandro não chega a ser um jogador que me encha os olhos, mas diante das opções que temos atualmente e com a falta que um finalizador tem feito ao Vasco, acho que a vinda dele cairia como uma luva.

Nessa sexta já temos mais um desafio onde o time vai ter que mostrar que não deixa a peteca cair. Um pouco mais pra frente os reforços devem começar a entrar no time e com as finais da Taça Rio e o afunilamento da Copa do Brasil já vamos poder saber com mais propriedade se temos garrafa vazia pra vender. Mas a gente vai se falando até lá.




terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mais do que nunca, Juninho

O Desejado aguarda o momento certo de seu retorno, quando então sua a nação novamente encontrará a paz.



A temporada começou deixando poucas dúvidas de que havia um complô dos jogadores para derrubar PC Gusmão - o que não falta é gente para criticar o nível técnico do elenco vascaíno mas como justificar a falta de vontade do time, que parecia caminhar em campo? - até que após a terceira derrota consecutiva para um clube pequeno a realidade se escancarou: não só o técnico vascaíno caiu como os dois craques e líderes do time, Felipe e Carlos Alberto, foram afastados da equipe, deixando claro para todos o problema que ocorria no grupo.

Nem uma semana passou, o sangue esfriou, o jogo contra o Flamengo mostrou que o time sem seus insurgentes pode até ter ficado mais aguerrido mas não tem um pingo de criatividade e deu pra sentir do mercado que dá até pra passar o nosso capitão e o nosso maestro pra frente, mas que não vai dar pra trazer ninguém à altura pro lugar. Tudo isso bastou pros dirigentes ensaiarem um volta atrás, com o demitido PC quebrando um galho e dizendo que não há problema no grupo e a diretoria afirmando que os jogadores não foram afastados por punição, mas para serem preservados. A pizza já pode ir pro forno.

Quem me acompanha sabe o quanto eu pus fé na dupla Felipe & Casalberto mas não tem como deixar passar tamanha indiciplina e esperar que saia algo bom disso. Num primeiro momento o time pode até ter uma sequência boa de jogos e parecer que tudo ficou bem de novo, Carlos Alberto irá falar mais uma vez que o Vasco é a sua família, Felipe que São Januário é sua casa, mas eles sabem que no momento em que alguém lá dentro pisar no calo deles, eles podem fazer birrinha até as coisas voltarem a ser do seu jeito. E não vai ficar só neles! A molecada nova tá toda tendo uma bela lição de como se tornar um delinquente - Ramon parecendo ser o melhor aluno da classe.

E aí, quem vai dar jeito nessa Funabem? A aposta da diretoria parecia ser em um técnico experiente e capaz de segurar toda essa pivetada pelo cabresto. Já tá claro que um nome assim não vem e se os rumores que correm hoje se confirmarem teremos que contar mesmo com Ricardo Gomes que não parece ter como pulso firme uma de suas maiores qualidades (aliás, quais as suas qualidades?) e não conta com o menor apoio da torcida. Ou seja, se não se agradar nossos mimados jogadores vai para rua em dois tempos.

Diante de tão negras nuvens só um nome parece ser capaz de trazer a luz de volta para a Colina Histórica. Ele, ele, ele, sempre ele, Juninho Pernambucano! Não vou entrar aqui nos méritos do que ele ainda pode render em campo com sua idade já avançada. Nem muito menos confabular qual esquema tático faria nosso reizinho render mais. Vamos além!

Juninho é o inconstestável, o soberano, o indiscutível. Chegaria com um prestígio maior que o mundo com a torcida cruzmaltina. E ele é líder. Saberia enquadrar quem não mostrasse comprometimento. Saberia, dentro de campo, pegar o time pela mão e levá-lo até a vitória. Dar a experiência e a tranquilidade que tanto nos faltou em 2010. E, por ser tão adorado pela torcida, para quem não gostasse do seu seu estilo só restaria a porta da rua, seria impossível bater de frente com ele. Assim Juninho pavimentaria em campo o trabalho que depois continuaria da tribuna, como diretor de futebol do Vasco e então, finalmente, como presidente do nosso Club de Regatas.

Os incrédulos dizem que ele não vem. Que se perdeu em terras árabes para nunca mais voltar. Mas eu sei que ele volta. E que com sua volta a prosperidade vascaína voltará. É o que dizem as lendas, basta que tenhamos fé.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BABOU GERAL



Danton e Robespierre após uma reunião para definir como eliminar o rei da França.








Tá legal, chegamos a uma altura do campeonato em que até o mais otimista dos vascaínos (leia-se, eu) tem que se render ao fatos. Há algo de podre, muito podre, no reino de São Januário. Irmãos de Cruz, nem um selecionado dos piores jogadores que passaram pelo Vasco na última década ( time que certamente contaria com Thiaguinho e Roberto Lopes, hoje, ironicamente, titulares do time do Boa Vista) seria capaz de perder três jogos seguidos pra times pequenos. O que chega a nós como boatos desde o final da temporada passada torna-se fato diante do que vemos. Há um complô, abraçado pelo time inteiro e - tudo leva a crer - encabeçado por Felipe e Carlos Alberto, fechado no objetivo de derrubar o técnico PC Gusmão.

Faço aqui a minha mea-culpa e admito que quando avaliei o time para 2011 procurei valorizar o talento técnico dos líderes da nossa equipe e minimizar seus defeitos extra-campo ( Ei! É isso que otimistas fazem, não é?!) mas chegar a situação que chegamos é triste demais, creio que nem o mais pessimista dos cruzmaltinos esperava por ela... Mas sem chorumelas! Sejamos práticos e tentemos pensar em soluções para o problema que desaba em nossas cabeças.

O Vasco está diante de uma sinuca de bico de difícil solução... O que fazer? Atender a pressão imoral dos jogadores, demitir o treinador, e dar força a um grupo que se mostrou tão mau-caráter?! Manter o técnico, peitar o grupo, e saber que pode continuar colhendo vexames nessa queda de braço sem vencedores?! Junte a tudo isso a eleição que se avizinha e temos uma equação muito complicada pela frente.

No momento parece que Roberto Dinamite vai optar pela segunda opção e manter PC, apesar de não se descartar a hipótese do próprio treinador entregar o cargo. Se o PC ficar a faxina deve começar imediatamente e qualquer um identificado como líder dessa insurreição deve ir para o paredão. Iremos para o clássico com um time desfigurado, limitado, mas pelo menos dando o sangue em campo. Mas e se não der certo? Voltamos com os figurões? Finalmente demitimos o técnico?! Complicado, e é por isso que prefiro a primeira hipótese ventilada.

Não tem jeito, Romeu tem que morrer. Entreguemos a cabeça de PC numa bandeja e deixemos os traidores sentirem o efêmero sabor da vitória. Virá Antônio Lopes, Silas, ou um outro merda de sua preferência. Ou então apostaremos em Galdino, ou novamente em Gaúcho, ou qualquer outro desses que andam por São Januário mas nunca se tornarão técnicos de verdade... Pouco importa! Pra não fazer (tão) feio no estadual basta jogar com vontade e isso os irresponsáveis do Vasco farão, ao achar que venceram a queda de braço. E então, pouco a pouco, iremos nos desfazendo dos arruaceiros e limpando o Vasco das ervas daninhas que se instalaram no time principal. Mas tem que limpar mesmo. Acomodar-se e achar que a simples troca resolveu é esperar pela próximo corpo mole coletivo, que não demorará para vir.

Enfim... diante de trairagem de tamanha proporção parece que, independente do caminho que a direção do Vasco escolha, o planejamento que vinha sendo traçado cai por terra. O time montado ano passado e que era pra começar a render esse ano terá que ser desmontado. Uma reformulação - as pressas! - terá de ser feita... Se são mesmo Felipe e Carlos Alberto o cancer da equipe, o que fazer pra se livrar deles?! Do primeiro parece ser mais fácil já que ventila-se que ele mesmo estaria interessado em dar no pé. Mas e o nosso capitão, com contrato longo com o clube, empresariado por Carlos Leite, um dos 'investidores' mas influentes andar pela Colina nesses tempos e sem mercado nenhum? Largamos no aloxarifado do clube? E pior! Uma vez livre deles quem traremos pro lugar, estando o mercado tão escasso e nossos cofres tão vazios?!

Nesse rebuliço que se encontra o Vasco só quando a poeira baixar é que poderemos ver o que realmente está acontecendo. Pode ser até que empurrados pelo calor do momento todos o boatos se potencializaram e no final a tempestade nem é tão feia... Mas o tempo que vemos pros lados de São Januário é de nuvens pesadíssimas, cheio de relampagos e trovoadas, como costumamos ver no fim de tarde em São Paulo com a nítida sensação de que vai dar merda. Acho que podemos ficar oficialmente preocupados, e é o último vascaíno otimista quem está dizendo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Análise de Elenco, parte II



_Jo soy paraguayo, vim para te matar!
_ Para o que?!?
_ Paraguayo...









Nesse sábado rolou a apresentação oficial do time do Vasco para 2011 com direito a amistoso internacional e tudo (jogo fraco, mais pra frente eu comento). Não existe momento melhor pra terminar a análise do elenco vascaíno, comentando o que eu acho dos jogadores que ficaram de fora da primeira parte.

Eduardo Costa #8 - veio pra cobrir a saída do Rafael Carioca e se tecnicamente está longe de ser como o antecessor espera-se que o nosso novo xerife possa compensar com a experiência. O Vasco foi o time com média de idade mais baixa no Brasileirão 2010 e sentiu muito a falta de alguém mais vivido em campo. Se o Eduardo ajudar nesse aspecto, sendo o consagrado 'técnico dentro de campo', terá sido uma boa contratação. Se vier só pra dar botinadas, podíamos ter ficado só com o Jumar mesmo. Expectativa - média.

Marcel #9 - Marcel também parece ter vindo seguindo a tendência de dar mais experiência ao grupo. Nunca se destacou pela habilidade e nesse quesito parece se equivaler aos outros que tentaram agarrar a vaga de matador do time ano passado. Seu diferencial? Enquanto os outros jogadores eram jovens (Rafael Coelho tem 22 anos) ou inexperientes (Élton e Nunes nunca haviam jogado em time grande), Marcel chega com quilometragem (29 anos) e bagagem (passou por São Paulo, Santos, Grêmio, Benfica...) em Sao Januário. Se isso o ajudar a lidar melhor com a pressão da torcida quando os gols não estiverem saindo vai se destacar mais que os outros - o que também não é nada demais. Expectativa - baixa.

Enrico #17 - O meia esteve emprestado ao Coritiba em 2010 e foi repatriado a pedido de PC Gusmão. Chega cheio de moral com o técnico e, com a saída de Zé Roberto quase concretizada, deverá ter muitas oportunidades. Tomara que não se mostre nulo em todas elas, como fez em 2009. Expectativa - baixíssima.

Anderson Martins #25 - Chega para resolver o problema do parceiro do Dedé na zaga. Ter sido rebaixado não é bom pro currículo de ninguém, mas mesmo assim chega com moral em São Januário e com sorte - fez gol no seu primeiro jogo pelo clube - o que nunca deve ser desprezado. Se vai vingar, só o tempo dirá. Expectativa - boa.

Renato Augusto #28- Esse volante dos juniores chegou a atuar no time pricipal do Vasco ano passado mas, sabe-se lá por que, não estava constando no site do clube. Pelo pouco que vi parece ser mais um jogador que só sabe desarmar no meio-campo mas como sempre recebeu elogios na base, vamos confiar. Expectativa - baixa.

Patrick #30- Foi contratado do Mixto ano passado pra passar um tempo amadurecendo no time sub-23 e ao que parece começará a ter chances no time principal. É atacante de área e pode ser beneficiado por ser Marcel o atacante em que todos estarão de olho. Sem pressão, pode ir aos poucos fazendo o seu filme, quando tiver chance de entrar em campo. Expectativa - média.

Márcio Careca #32- Como eu disse na primeira parte da análise o Vasco não tem reserva para Ramon. Diante disso, a volta de Márcio Careca nem é ruim, parace um bom nome para compor o elenco. Expectativa - baixa.

Misael #40- Outra indicação de PC Gusmão, esse atacante vem para ser reserva de Éder Luís. Dizem que é daqueles jogadores que incendeia o jogo quando entra e até que apareceu bem no amistoso contra o Cerro Porteño. Vamos confiar no PC e ficar com uma Expectativa - boa.

Jefferson#?? - Quando chegou em 2009 foi apontado por muitos especialistas como o desconhecido que ia explodir no Vasco. Quem explodiu foi seu joelho e passou aquele ano quase todo no Departamento Médico. Quando voltou não conseguiu se firmar e acabou sendo emprestado para o Avaí, onde também não fez nada demais. Agora volta para tentar recuperar seu espaço no Vasco mas pelo visto - não ficou nem no banco contra o Cerro Porteño - terá uma tarefa hérculea pela frente. Expectativa - baixíssima.

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Fora a apresentação dos jogadores teve o famigerado amistoso contra o Cerro Porteño, time internacional, mas que ficou parecendo mais um jogo contra o Friburguense mesmo. O Vasco também não ajudou, jogou muito burocraticamente, mas mesmo assim dominou as ações do jogo. Destaque para Carlos Alberto, que pareceu afim de jogo e disposto a fazer quem o critica de chinelinho a engolir suas palavras. Mantém essa vibe, capitão! O ponto negativo foi o estado do gramado de São Januário, horrível, cheio de areia... Será que arrumam isso pro Estadual?! Lamentável...

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Por falar em campo lamentável o que falar do palco onde nossos meninos foram eliminados da Copa São Paulo? Botaram nossos garotos pra jogar num campo minúsculo e com grama artificial! Isso mesmo, jogamos num campo de society!! Triste de ver. Apesar de tudo me chamou a atenção o jovem atacante Washington, bem habilidoso. Olho nele, PC!