domingo, 10 de abril de 2011

Vasco 2 x 1 Cabofriense

Alguém lá no site do Vasco acabou de aprender a mexer no Photoshop




Existem muitas semelhanças nos últimos três jogos do Vasco. Foram três partidas em casa, contra três times de menor investimento e em todas elas o caminho ficou mais livre com a expulsão de um jogador adversário no meio do jogo. Apesar disso só em uma dessas três partidas (4x0 contra o Bangu) a vida do Vasco foi fácil. Se com tanta coisa a seu favor o Vasco penou para vencer o que esperar desse time em condições mais adversas? Dá para se empolgar? Talvez não. Mas também não há motivo para desespero.

A maior qualidade do Vasco nessas partidas foi o volume de jogo. Como eu já disse por aqui, temos volantes e zagueiros que ao invés de só marcar gostam e sabem sair para o jogo, nosso quarteto ofensivo tem qualidade e nossos laterais gostam de subir para o ataque. É esse volume que faz o adversário ter que se desdobrar na marcação, acabar cometendo mais faltas e assim levar mais cartões e, consequentemente, ter jogadores expulsos (percebam que os três vermelhos nessas partidas foram por acumulo de cartão). As expulsões não foram presentes divinos ou parte de esquemas conspiratórios, são consequência do jogo do Vasco. Se continuarmos com essa pegada, mais delas virão.

Esse volume de jogo também acarreta em muitas finalizações a gol mas não necessariamente em gols marcados e aí surge a primeira dificuldade do Vasco. Num primeiro momento podemos exaltar a qualidade do goleiro adversário ou então lamentar a falta de sorte do nosso ataque mas depois de tantas chances desperdiçadas (devemos ter chegado a umas 50 finalizações na soma dos dois últimos jogos) percebe-se que há algo mais aí. É falta de qualidade e/ou tranquilidade dos nossos jogadores e temos que resolver isso logo pois em jogos mais complicados não teremos tantas chances de empurrar a bola para dentro. Além disso vimos nesses jogos que mesmo com o Vasco atacando tanto e com a equipe adversária em desvantagem numérica uma boa parte do jogo ainda assim nossos oponentes conseguiram chegar com perigo a nossa meta em uma quantidade bem acima do desejável. Estamos sofrendo com nossa defesa não só por falta de qualidade (Fellipe Bastos é pouco combativo, Allan joga fora de posição e Ramon está em péssima fase) mas também por falta de arrumação (falhas na cobertura, erros de posicionamento). Talvez Eduardo Costa seja o jogador capaz de não só resolver o problema da pegada no meio-campo como também, por sua idade e sua experiência, ser uma espécie de xerife no setor defensivo mas como só o teremos de volta, com sorte, nas semi-finais da Taça Rio, algo tem que ser visto em relação a isso.

Outro problema que vejo é o retorno que os nossos dois medalhões recém-contratados têm dado em campo. Diego Souza e Alecsandro têm grife, são sonhos antigos da diretoria e com certeza vão continuar sendo escalados como titulares mas precisam se readaptar e voltar a jogar bem rapidamente. Atualmente eles têm sido muito pouco vistos em campo e são facilmente anulados, sobrecarregando o resto do setor ofensivo.

Ou seja, o Vasco tem qualidade, vem mostrando evolução mas ainda apresenta problemas graves e que precisam ser consertados rapidamente. Quarta-feira já teremos um jogo decisivo, o mais decisivo até agora na temporada, e qualquer erro pode custar caro. Jogar contra o Náutico no Aflitos costuma ser complicado, tenso, truncado e não podemos vacilar. Não vou poder assistir ao jogo porque vou estar no show do U2 (ganhei o ingresso e portanto não dá nem para reclamar) mas se quando sair do Morumbi descobrir que foi um 0x0 chato, amarrado e que fica tudo aberto para ser decidido aqui no Rio, darei pulos de alegria. Até lá, serei só nervosismo.

Boa sorte para nós, amigos!

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