sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BABOU GERAL



Danton e Robespierre após uma reunião para definir como eliminar o rei da França.








Tá legal, chegamos a uma altura do campeonato em que até o mais otimista dos vascaínos (leia-se, eu) tem que se render ao fatos. Há algo de podre, muito podre, no reino de São Januário. Irmãos de Cruz, nem um selecionado dos piores jogadores que passaram pelo Vasco na última década ( time que certamente contaria com Thiaguinho e Roberto Lopes, hoje, ironicamente, titulares do time do Boa Vista) seria capaz de perder três jogos seguidos pra times pequenos. O que chega a nós como boatos desde o final da temporada passada torna-se fato diante do que vemos. Há um complô, abraçado pelo time inteiro e - tudo leva a crer - encabeçado por Felipe e Carlos Alberto, fechado no objetivo de derrubar o técnico PC Gusmão.

Faço aqui a minha mea-culpa e admito que quando avaliei o time para 2011 procurei valorizar o talento técnico dos líderes da nossa equipe e minimizar seus defeitos extra-campo ( Ei! É isso que otimistas fazem, não é?!) mas chegar a situação que chegamos é triste demais, creio que nem o mais pessimista dos cruzmaltinos esperava por ela... Mas sem chorumelas! Sejamos práticos e tentemos pensar em soluções para o problema que desaba em nossas cabeças.

O Vasco está diante de uma sinuca de bico de difícil solução... O que fazer? Atender a pressão imoral dos jogadores, demitir o treinador, e dar força a um grupo que se mostrou tão mau-caráter?! Manter o técnico, peitar o grupo, e saber que pode continuar colhendo vexames nessa queda de braço sem vencedores?! Junte a tudo isso a eleição que se avizinha e temos uma equação muito complicada pela frente.

No momento parece que Roberto Dinamite vai optar pela segunda opção e manter PC, apesar de não se descartar a hipótese do próprio treinador entregar o cargo. Se o PC ficar a faxina deve começar imediatamente e qualquer um identificado como líder dessa insurreição deve ir para o paredão. Iremos para o clássico com um time desfigurado, limitado, mas pelo menos dando o sangue em campo. Mas e se não der certo? Voltamos com os figurões? Finalmente demitimos o técnico?! Complicado, e é por isso que prefiro a primeira hipótese ventilada.

Não tem jeito, Romeu tem que morrer. Entreguemos a cabeça de PC numa bandeja e deixemos os traidores sentirem o efêmero sabor da vitória. Virá Antônio Lopes, Silas, ou um outro merda de sua preferência. Ou então apostaremos em Galdino, ou novamente em Gaúcho, ou qualquer outro desses que andam por São Januário mas nunca se tornarão técnicos de verdade... Pouco importa! Pra não fazer (tão) feio no estadual basta jogar com vontade e isso os irresponsáveis do Vasco farão, ao achar que venceram a queda de braço. E então, pouco a pouco, iremos nos desfazendo dos arruaceiros e limpando o Vasco das ervas daninhas que se instalaram no time principal. Mas tem que limpar mesmo. Acomodar-se e achar que a simples troca resolveu é esperar pela próximo corpo mole coletivo, que não demorará para vir.

Enfim... diante de trairagem de tamanha proporção parece que, independente do caminho que a direção do Vasco escolha, o planejamento que vinha sendo traçado cai por terra. O time montado ano passado e que era pra começar a render esse ano terá que ser desmontado. Uma reformulação - as pressas! - terá de ser feita... Se são mesmo Felipe e Carlos Alberto o cancer da equipe, o que fazer pra se livrar deles?! Do primeiro parece ser mais fácil já que ventila-se que ele mesmo estaria interessado em dar no pé. Mas e o nosso capitão, com contrato longo com o clube, empresariado por Carlos Leite, um dos 'investidores' mas influentes andar pela Colina nesses tempos e sem mercado nenhum? Largamos no aloxarifado do clube? E pior! Uma vez livre deles quem traremos pro lugar, estando o mercado tão escasso e nossos cofres tão vazios?!

Nesse rebuliço que se encontra o Vasco só quando a poeira baixar é que poderemos ver o que realmente está acontecendo. Pode ser até que empurrados pelo calor do momento todos o boatos se potencializaram e no final a tempestade nem é tão feia... Mas o tempo que vemos pros lados de São Januário é de nuvens pesadíssimas, cheio de relampagos e trovoadas, como costumamos ver no fim de tarde em São Paulo com a nítida sensação de que vai dar merda. Acho que podemos ficar oficialmente preocupados, e é o último vascaíno otimista quem está dizendo.

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