segunda-feira, 28 de março de 2011

VASCO 0 x 0 Fluminense

Quer entender, Diegão? O sobrevasco te explica...




O clássico contra o Fluminense serviu para ratificar o que o clássico contra o Botafogo já vinha mostrando... o Vasco evoluiu bastante desde a chegada de Ricardo Gomes e está aos poucos se transformando num time competitivo e já é, para mim, candidato real ao título carioca.


Se por conta do esquema retranqueiro do Botafogo eu evitei ser conclusivo a respeito da defesa vascaína, após enfrentar o Fluminense de Fred, Conca e companhia, já dá para afirmar com mais propriedade que estamos com um sistema defensivo bem bom. É triste perceber que a saída de Dedé no meio do ano fica cada dia mais concreta porque a sua parceria com Anderson Martins na dupla de zaga poderia fazer história, são dois grandes zagueiros. O resto da defesa também está fazendo sua parte e é por isso que acho injustas as críticas que estão sendo feitas tanto ao Rômulo quanto ao Fernando Prass. Rômulo está muito bem nessa temporada e quem o critica está só com a lembrança de alguns jogos desastrados que o volante fez ano passado, sem perceber a evolução do jogador. Já as críticas a Prass, são fruto de uma avaliação exagerada que a torcida fez do goleiro em outros tempos. Nosso camisa 1 nunca foi esse jogador acima da média, mas, com a ajuda do resto da defesa, vem fazendo bem o seu trabalho e não há porque pegar no pé dele agora.


O setor ofensivo já não se comportou tão bem. Deu para perceber que Bernardo recebeu um pito do Ricardo Gomes porque soltou bem mais a bola nesse jogo, talvez até demais, podia ter arriscado mais jogadas individuais. Mas continuou bem nas conclusões e só não saiu com mais um gol na artilharia devido a grande defesa do goleiro adversário. Diego Souza, que já estava sem ritmo de jogo e ainda passou a semana as voltas com uma gripe se mostrou bem fora de forma. Em quatro ou cinco jogadas deu para perceber o atacante fazendo a jogada certa para pegar a bola na frente mas depois simplesmente não conseguir chegar na bola. E com o passar do jogo sua deficiência física só fez piorar. No ataque, Éder Luís continuou apagado e perdendo gols feitos e só mesmo a jogada em que pegou a bola no meio-campo, passou por três adversários até concluir com uma pancada que estourou no travessão serviu de alento para o torcedor de que um dos nossos melhores jogadores na última temporada possa estar voltando a velha forma. Fora isso, nossos laterais reservas se contentaram em compor o setor defensivo e foram tímidos no apoio ao ataque que teve como grande destaque mesmo Felipe. Como está jogando nosso velho ídolo! Só a meia dúzia de enfiadas de bola que ele dá por jogo, deixando nossos atacantes na cara do gol, já justificaria sua escalação mas ele está indo além disso e dirigindo completamente o meio-campo vascaíno, justificando a alcunha de maestro. Nosso time está ficando completamente dependente de sua atuação para jogar bem e a queda de rendimento quando ele cansa e acaba saindo do jogo é o principal problema que nosso comandante tem que resolver no momento.


Aliás, a saída do Felipe contribuiu para a queda de rendimento do time no segundo tempo mas não dá para dizer que foi só isso. Nossos suplentes entraram muito mal no jogo e desse jeito vão continuar mesmo no banco de reservas. Vou dar um desconto para o Alecsandro que chegou no clube essa semana e ainda precisa de tempo para se ambientar mas a sua estreia foi pífia. Mas difícil de defender foram as atuações de Jeferson e Leandro, que não apresentaram nada. Com o qualificação do elenco do Vasco, se não agarrarem essas oportunidades que aparecem, vão começar a perder espaço.


No final, não dá para reclamar do resultado, que nos manteve na liderança do grupo. Agora temos cerca de um mês para acertar ainda mais a equipe – e ganhar os jogos que faltam porque, pelamordedeus, chega de perder ponto para pequenos – e entrar nas semi-finais do turno na ponta dos cascos e então, partir para buscar o título que sua torcida tantao almeja.

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